domingo, 22 dezembro 2024

Portugal/Racismo com violência:Cabo-verdiano agredido junto a discoteca no Faial acabou por morrer

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A Associação dos Imigrantes dos Açores (AIPA) condenou em comunicado a “brutal agressão” que provocou a morte do cabo-verdiano Ademir Moreno, criticando também qualquer manifestação que propague “ódio, xenofobia ou racismo”.

O  caso do cidadão cabo-verdiano agredido na madrugada de domingo no exterior de uma discoteca na ilha do Faial, nos Açores,  conhece fim trágico com a morte do mesmo, hoje de madrugada, 19, no Hospital da Horta, onde se encontrava em coma induzido,.

 Segundo uma fonte hospitalar garantiu à Lusa, o homem, de 49 anos e natural da Praia (ver foto), trabalhava no ramo da construção civil e foi vítima de uma agressão que o fez cair inanimado na via pública, com um hematoma craniano.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, que tem estado desde segunda-feira a ouvir testemunhas, na cidade da Horta, mas, conforme disse à Lusa fonte ligada ao processo, ainda não deteve nenhum suspeito.

Conforme descrve a Lusa, depois de a vítima ter sido transportada pelos Bombeiros Voluntários do Faial para o hospital, ponderou-se a sua transferência para outra unidade, atendendo à gravidade do seu estado de saúde, mas a mudança não chegou a ocorrer devido ao “quadro clínico reservado”.

A Associação dos Imigrantes dos Açores (AIPA) condenou em comunicado a “brutal agressão” que provocou a morte de Ademir Moreno, criticando também qualquer manifestação que propague “ódio, xenofobia ou racismo”.

“A AIPA vem, por esta via, repudiar atos de violência verbal e física contra qualquer ser humano, independentemente de se tratar de um imigrante ou autóctone”, refere o comunicado, assinado pela presidente da Direção, Leoter Viegas.

A AIPA apelou também às autoridades judiciais para desencadearem todos os esforços para apurar as devidas responsabilidades e “sancionar os culpados desse ato bárbaro”.

Entretanto, está marcada para as 18:00 locais (19:00 em Lisboa) uma vigília e manifestação antirracismo em frente ao edifício da Câmara Municipal da Horta, organizada por um grupo de cidadãos que afirma que a morte de Ademir Araújo Moreno resultou de “puro ódio racial”.

O presidente do município, Carlos Ferreira, apelou à calma, sublinhando, prossegue a fonte deste jornal, que a ilha do Faial (cujo único município é o da Horta) é conhecida por “bem receber” e que os cidadãos estrangeiros que optam por ir para os Açores trabalhar ou residir são bem acolhidos e integrados na sociedade local.

As autoridades judiciárias e os órgãos de polícia criminal farão, naturalmente, o seu trabalho e vão averiguar, certamente, as circunstâncias deste incidente, que é de lamentar”, ressalvou o autarca faialense em declarações à Lusa, destacando que, agora, o que é necessário é “apurar responsabilidades e transmitir uma palavra de conforto e de calma” às famílias envolvidas.

 

19 de Março 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Xalala
17 days 9 hours

Vai investigar nada Bundão!

Valdo de Pina
19 days 7 hours

O UCS só ouve a própria voz, numa sinfonia desafinada que ecoa a era de Carlos Veiga no poder. Duas relíquias teimosas,

Teste
28 days 22 hours

Isto é somente um teste. Porque não vejo os comentários das pessoas debaixo da notícia como antes?

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