Diante do sofrimento do outro o eu individual fica no segundo plano; a preocupação incontestável é exclusivamente com aquele que sofre, com a sua existência. A infelicidade profunda do outro provoca no ser humano uma reação que o impeça de ser indiferente. O ser humano não consegue ficar insensível diante do mal que devora o seu semelhante; e quanto mais ele amplia sua preocupação em relação ao outro, mais justo e pacífico será o mundo no qual ele se encontra inserido. Cada ser humano é muito mais de que um sujeito isolado, ele existe com os outros e deve agir para protege-los e ajuda-los quando eles se encontram mergulhados na infelicidade e no sofrimento profundos.
José João Neves Barbosa Vicente*
Quando o outro sofre, o ser humano em sua condição natural é tocado em sua essência de tal forma, que sua reação escapa às explicações racionais e aos seus interesses particular e individual. O sofrimento do outro empurra o ser humano para frente e o conduz ao encontro daquele que sofre; não se trata de uma reação que precisa ser explicada, mas sim de uma ação que acontece porque existimos e precisamos proteger essa existência. Independentemente de quem somos, a existência nos une, nos conecta uns aos outros e nos faz reagir. O ato de cuidar, ajudar e proteger não significa, em hipótese alguma, fraqueza, significa sim viver e colaborar para que outros também possam viver.
Não é exagero dizer que, em sua essência, cada ser humano em sua condição natural, se sente profundamente tocado com o sofrimento do outro, seja ele seu semelhante ou um ser vivo de outra espécie. Não existe no ser humano nenhuma rota de fuga capaz de conduzi-lo a uma insensibilidade total e absoluta diante do sofrimento real de um ser vivo; ninguém absolutamente indiferente na presença do sofrimento do outro. A reação diante do sofrimento do outro é uma das poucas atitudes humanas que não visa outra coisa (como, por exemplo, interesse pessoal ou individual) senão aliviar a dor daquele que sofre.
Aquele que é tocado pelo sofrimento do outro, apenas pensa e reage no intuito de ajudá-lo na diminuição do seu sofrimento. Diante do sofrimento o ser humano é levado de modo firme ao encontro do outro para socorrê-lo, não há outro propósito senão ajudar; não se trata de ser um “herói” ou um “super herói”, mas sim de ser apenas um ser humano tocado pela dor do outro. Em sua condição natural, um ser humano reage de forma natural e espontânea diante do sofrimento do seu semelhante, sempre visando ajudá-lo e aliviar a sua dor; essa reação firme e forte em ajudar o próximo, costuma escapar do seu controle.
Diante do sofrimento do outro o eu individual fica no segundo plano; a preocupação incontestável é exclusivamente com aquele que sofre, com a sua existência. A infelicidade profunda do outro provoca no ser humano uma reação que o impeça de ser indiferente. O ser humano não consegue ficar insensível diante do mal que devora o seu semelhante; e quanto mais ele amplia sua preocupação em relação ao outro, mais justo e pacífico será o mundo no qual ele se encontra inserido. Cada ser humano é muito mais de que um sujeito isolado, ele existe com os outros e deve agir para protege-los e ajuda-los quando eles se encontram mergulhados na infelicidade e no sofrimento profundos.
Quando o outro sofre, o ser humano em sua condição natural é tocado em sua essência de tal forma, que sua reação escapa às explicações racionais e aos seus interesses particular e individual. O sofrimento do outro empurra o ser humano para frente e o conduz ao encontro daquele que sofre; não se trata de uma reação que precisa ser explicada, mas sim de uma ação que acontece porque existimos e precisamos proteger essa existência. Independentemente de quem somos, a existência nos une, nos conecta uns aos outros e nos faz reagir. O ato de cuidar, ajudar e proteger não significa, em hipótese alguma, fraqueza, significa sim viver e colaborar para que outros também possam viver.
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*Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
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