A câmara de São Filipe anunciou para 2025 o desenvolvimento de um projecto para construção de uma pocilga municipal fora da cintura urbana para realocação dos criadores que utilizam as ribeiras para criação de porcos.
O anúncio da construção desta infra-estrutura foi feito pelo presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva depois de visitar o matadouro municipal e de ouvir queixas de populares que vivem nas redondezas devido ao mau cheiro das pocilgas familiares.
A construção de uma nova pocilga municipal vai ser incluída nas directrizes do Fundo do Ambiente 2025-2028 e o objectivo principal é modernizar as instalações, localizando-as fora do perímetro urbano, em áreas apropriadas para a criação de suínos, e eliminar as pocilgas actualmente existentes na parte alta das duas ribeiras que atravessam a cidade, S.João (sul) e Xaguate (norte).
Nuías Silva apontou que o vereador da área do Ambiente e o director municipal do Ambiente estão a trabalhar no projecto e sublinhou que a ideia da câmara é dialogar e criar um sistema de incentivos para eliminar todas as pocilgas que estão com criação de porcos nas duas ribeiras.
“Já não são tantas, mas ainda há um número que não é desejável nas ribeiras de Beltches (São João) e também na de Fonte Aleixo/Cobom (Xaguate)”, disse o edil para quem é necessário estabelecer “um diálogo aberto com criadores” com a intenção de realocá-los na nova estrutura a ser construída fora da cidade.
O autarca disse que houve uma abertura do Ministério da Agricultura e Ambiente aquando da inauguração da Casa de Todos de Fonte Aleixo/Cobom e que a edilidade vai “explorar” essa abertura para criar esse projecto sem perseguir os criadores.
"Não vamos ameaçar ou perseguir os criadores, porque são fontes de renda para as famílias que devemos proteger. Nossa meta é criar alternativas por meio de diálogo e sistemas de incentivos para realocação dos criadores", afirmou Nuías Silva que lembrou que a câmara pretende oferecer alternativas geradoras de renda para aqueles que exercem esta actividade.
"Somos uma câmara de rosto humano e voltada para as pessoas. Queremos criar infra-estruturas para sofisticar a cidade e o município, mas queremos que essas infra-estruturas geram externalidades em termos de impacto social e económico na melhoria de vida das pessoas", concluiu Nuías Silva.
A previsão é que o projecto seja implementado a partir de 2025, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da cidade e a melhoria das condições ambientais nas zonas urbanas.
A Semana com Inforpress
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