O matadouro municipal de São Filipe está em fase avançada de construção e a sua conclusão está prevista para Dezembro, disse segunda-feira, 23, o presidente da câmara, Nuías Silva, após visitar o andamento das obras.
“O matadouro está dentro do cronograma estabelecido em termos de prazo e a obra será concluída até o final de Dezembro, cumprindo o prazo estipulado”, disse Nuías Silva, depois de receber informações do empreiteiro.
Este equipamento colectivo, segundo a mesma fonte, construído de raiz, trará não apenas melhorias na produção de carne local, mas também um avanço significativo nas normas de higiene, segurança e qualidade, já que segue as regulamentações internacionais mais rigorosas.
“O matadouro foi construído de raiz, respeitando todas as exigências internacionais de qualidade, incluindo a certificação ISO 9001. Além disso, o projecto obedece a todas as normas sanitárias e de segurança alimentar, como as estabelecidas pelo Departamento de Higiene e Controle de Produtos (DHCP) e garante um espaço adequado e seguro para o abate de animais”, disse Nuías Silva.
Segundo o mesmo, o matadouro foi projetado para operação de grande porte de modo a permitir o processamento de carne em escala, tanto para o mercado local como para exportações para ilhas vizinhas, como Santiago e Brava.
O espaço será equipado com tecnologias modernas, como três câmaras frigoríficas, áreas especializadas de abate e cortes, além de áreas destinadas à formação de açougueiros e profissionais do sector.
Isto para que, em vez de enviar animais vivos para outras ilhas, possam produzir carne e abastecer outros mercados, e prometeu trabalhar na aquisição de uma viatura de frio para este serviço.
“O veículo transportará carne processada no matadouro até os mercados consumidores, preservando a qualidade do produto até o destino final”, declarou Nuías Silva.
O edil avançou que a formação dos açougueiros e trabalhadores do sector será prioritária após a inauguração e a expectativa é que, com a implementação de tecnologias modernas e capacitação técnica, o matadouro possa agregar valor ao produto e possibilitar que a carne do Fogo seja comercializada nas outras ilhas.
"Queremos capacitar esses profissionais para que possam produzir carne de alta qualidade, com cortes especiais e subprodutos que atendam às demandas do mercado local e turístico", afirmou o edil.
Esta questão é um dos assuntos que Nuías Silva vai analisar na visita de três dias que efectuará no final de Setembro aos Açores para assinar um protocolo para mobilizar a formação para que estas pessoas possam estar preparadas para abate de animais e utilização dos instrumentos tecnológicos.
Além do matadouro, toda a área circundante será requalificada e, segundo o autarca, todo o projecto representa um investimento de mais de 35 mil contos na infraestrutura, que com os equipamentos poderá atingir cerca de 50 mil contos.
“É um matadouro projectado para o futuro”, referiu Nuías Silva, que sublinhou que o objectivo é transformar a ilha num centro estratégico de produção de carne para exportação e para o desenvolvimento económico local.
Segundo o mesmo, a visão estratégica da câmara foi “amplamente elogiada” pelos profissionais do sector de abate de animais que acompanharam a visita para se inteiraram do andamento das obras e destacaram a “importância do investimento” para o desenvolvimento sustentável do sector na ilha.
A câmara prevê a aquisição de um veículo de refrigeração para garantir que o transporte da carne seja feito com segurança e dentro dos padrões de conservação adequados.
A Semana com Inforpress
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