O coordenador cultural da UCCLA, Rui d´Ávila Lourido, apelou hoje aos cabo-verdianos que sabem escrever para candidatarem ao Prémio Revelação Literária UCCLA/Câmara Municipal de Lisboa, cujas candidaturas da edição deste ano encontram-se abertas e decorrem até Dezembro.
Este representante da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) fez este apelo em declarações à Inforpress à margem da extensão da XII edição Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que teve lugar este domingo no município do Tarrafal, no interior de Santiago.
O evento literário, promovido pela UCCLA e a Câmara Municipal da Praia, vinha decorrendo desde quinta-feira, 05, na cidade da Praia, sobre o tema “Literatura, Liberdade e Inclusão” e homenageando Amílcar Cabral e Luís de Camões.
“Apelo a todos os cabo-verdianos que saibam escrever e tenham apetência para escrever a ficção ou qualquer livro de literatura, poesia ou qualquer outro género literário que o façam”, pediu.
É que, segundo revelou, ainda existem poucos cabo-verdianos que participam nesse concurso, que, lembrou, não tem limite de idade.
“Portanto, apelo que se candidatem a este prémio Revelação Literário UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa”, insistiu este responsável, que falou em nome da UCCLA.
Se tal acontecer, garantiu que se estará a engrandecer a literatura de Cabo Verde.
A brasileira Fernanda Teixeira Ribeiro foi a vencedora da 9ª edição do prémio Revelação Literário UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa, com a obra “Cantagalo”.
Esta edição teve também duas menções honrosas, sendo uma para a poesia “Chão de Saibro” do brasileiro Frederico da Cruz Vieira de Sousa, e ao romance “A Sintaxe da Guerra” do angolano de Joaquim Njungo Jeremias.
Na nona edição, foram recebidas 168 candidaturas oriundas de 15 países, nomeadamente dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP), incluindo Cabo Verde com 11 candidaturas, Portugal, Senegal, Timor-Leste, Brasil, Alemanha, Polónia, Holanda, Reino Unido, Suíça e Israel.
Dos jurados, fizeram parte Germano Almeida (Cabo Verde), Domício Proença (Brasil) Hélder Simbad (Angola), Inocência Mata (São Tomé e Príncipe), José Pires Laranjeira (Portugal), Luís Carlos Patraquim (Moçambique), Luís Costa (Timor-Leste), Tony Tcheka (Guiné-Bissau), Yao Jing Ming (Macau), Rui Lourido (representante da UCCLA) e João Pinto de Sousa (representante do Movimento 800 Anos de Língua Portuguesa).
Os vencedores da 8ª edição do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CML foram o brasileiro André Bueno com a obra “Sentido Litoral” e o português Leonel Barbosa com a obra “Breviário de Medo e Malícia”.
Na 7ª edição foram o brasileiro Alexandre Siloto Assine com o texto de poesia “Caligrafia”, e o português Ricardo Manuel Ferreira de Almeida com o romance “Três dias em Fevereiro”.
Quanto às obras vencedoras, em 2021 foi “O Sonho de Amadeu”, do brasileiro Leonardo Costa Oliveira, em 2020, “O Heterónimo de Pedra”, do português Henrique Reinaldo Castanheira, e em 2019, “Praças”, do português natural de Angola António Pedro Serrano de Sousa Correia.
Em 2018, “Equilíbrio Distante”, de Óscar Maldonado, de nacionalidade paraguaia, a residir em São Paulo, no Brasil, em 2017, “Diário de Cão” de Thiago Rodrigues Braga, de nacionalidade brasileira, natural de Corumbá, Goiás, Brasil, e em 2016, “Era uma vez um Homem” de João Nuno Azambuja, de nacionalidade portuguesa foram as obras galardoadas com este prémio.
O prémio, criado em 2015, é uma iniciativa da UCCLA em conjunto com o Movimento 800 anos da Língua Portuguesa, e em 2020 estabeleceu parcerias com a editora Guerra e Paz, que passará a responsabilizar‐se pela edição da obra premiada e a Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do Festival Literário de Lisboa ‐ 5L.
A Semana com Inforpress
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