Paris acolhe a partir de hoje os Jogos Paralímpicos com uma inédita cerimónia de abertura no coração da cidade, descrita como “um abraço coletivo” aos 4.400 atletas participantes. Cabo Verde vai estar representado com dois atletas na competição
A cerimónia de abertura, decorrerá nos Campos Elíseos e na Praça da Concórdia, a partir das 20:00 locais (18:00 em Cabo Verde).
Ao longo de 11 dias, Paris vai receber em 18 instalações, que há pouco tempo foram palco das competições olímpicas, atletas de 167 países e uma equipa de refugiados, que competirão em 22 modalidades, num total de 549 eventos.
Entre as 168 delegações participantes na competição, que reúne atletas de quatro das cinco áreas da deficiência - intelectual, motora, visual e paralisia cerebral –, contam-se três estreantes: Eritreia, Kosovo e Ilhas Kiribati.
O Comité Paralímpico Internacional (IPC) e o comité organizador de Paris2024, responsável pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, prometem que França será palco da “edição mais espetacular de sempre”, de uma competição cuja génese remonta a 1948, quando o neurocirurgião Ludwig Guttmann organizou, na cidade inglesa de Stoke Mandeville, uma prova desportiva para veteranos da II Guerra Mundial com lesões na espinal medula (em cadeira de rodas).
“Estes vão ser os Jogos mais espetaculares de sempre, a atmosfera é fantástica e os locais de competição colocam os atletas no centro da cidade. Como se diz em francês: ‘La fete continue’ [A festa continua]. Depois dos Jogos Olímpicos, chegam os Paralímpicos”, afirmou o presidente do IPC, na terça-feira.
Andrew Parsons não desvendou pormenores sobre a cerimónia dirigida por Thomas Jolly, que também foi responsável pela abertura dos Jogos Olímpicos, prometendo apenas um momento único no “coração de Paris, entre a Praça da Concórdia e os Campos Elíseos, com o Arco do Triunfo ao fundo”.
“Será um momento único e fantástico, é como se a cidade de Paris estivesse a abraçar todos os atletas paralímpicos”, disse Andrew Parsons, sobre a cerimónia de abertura, que pela primeira vez se realiza fora de um estádio.
O cabo-verdiano, Marilson Semedo, atleta amputado de um membro inferior (F57), vai ser o primeiro dos dois cabo-verdianos a entrar em acção, já que no sábado, 31, vai competir na prova de lançamento de dardo.
Já a velocista Heidilene Oliveira, atleta de baixa visão (T-12) e que vai estar a competir na companhia do seu guia, Jailsom Oliveira, detém o estatuto da Medalha de Ouro dos 100 metros no World Para Athletics Grand Prix Series realizado em Abril último em Marraquexe (Marrocos).
Heidilene Oliveira vai competir nos 100 e 200 metros livres e tem estreia agendada para 04 de Setembro.
A Semana com Lusa
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