O presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, destacou hoje a “adesão ampla” da sociedade civil às atividades comemorativas do centenário do patrono, que “ganhou” com a falta de uma sessão oficial no país.
Ao ser questionado em conferência de imprensa, na cidade da Praia, onde foi apresentado o programa de atividades do centenário, o presidente destacou a “ampla adesão” da sociedade civil, no país e no estrangeiro.Nesse sentido, salientou que “não se sente a falta de uma celebração oficial”, mas pediu aos responsáveis pela decisão para tirarem as suas conclusões sobre quem ganhou e quem perdeu.“Eu acho que Amílcar Cabral não perdeu, ganhou, a Fundação Amílcar Cabral não perdeu, ganhou, porque houve uma adesão ampla nacional e internacionalmente. A universalidade está aí”, vincou.“Quem está isolado não é a Fundação Amílcar Cabral, não são as várias instituições da sociedade civil cabo-verdiana e dos mais diversos países”, concluiu Pedro Pires.
Em 30 de outubro do ano passado, a bancada parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, no poder) votou contra uma resolução apresentada pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, na oposição) para celebrar os 100 anos do nascimento do líder das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, em 12 de setembro de 2024.
Pedro Pires disse que esse facto deu “uma excelente contribuição” para as comemorações, porque mostrou que a sociedade civil devia tomar esse projeto, o que veio a acontecer, após ter gerado muito debate no país.
“Talvez, se houvesse uma participação oficial, houvesse menos movimentação, menos atividades e menos intervenções”, entendeu o antigo Presidente cabo-verdiano (2001-2011).
Ao ser questionado em conferência de imprensa, na cidade da Praia, onde foi apresentado o programa de atividades do centenário, o presidente destacou a “ampla adesão” da sociedade civil, no país e no estrangeiro.
Nesse sentido, salientou que “não se sente a falta de uma celebração oficial”, mas pediu aos responsáveis pela decisão para tirarem as suas conclusões sobre quem ganhou e quem perdeu.
“Eu acho que Amílcar Cabral não perdeu, ganhou, a Fundação Amílcar Cabral não perdeu, ganhou, porque houve uma adesão ampla nacional e internacionalmente. A universalidade está aí”, vincou.
“Quem está isolado não é a Fundação Amílcar Cabral, não são as várias instituições da sociedade civil cabo-verdiana e dos mais diversos países”, concluiu Pedro Pires.
Também na Guiné-Bissau não há nenhuma comemoração oficial do centenário do pai das nacionalidades cabo-verdiana e guineense, que se cumpre a 12 de setembro de 2024.
Várias comemorações estão associadas à Fundação e incluem um simpósio internacional sobre o líder histórico, a realizar na cidade da Praia e em Bissau, em parceria com as universidades.
Na sua intervenção na conferência de imprensa, Pedro Pires pediu às instituições universitárias para se apropriarem de Cabral e continuarem o seu estudo.
“Eu entendo que o futuro de Amílcar Cabral está nas universidades, nos locais onde se produz, se desenvolve e se analisa o conhecimento”, indicou.
Há muitas outras atividades na capital cabo-verdiana, como feiras e exposições, tertúlias, e um grande concerto, com entrada gratuita, no dia 14, que será a “festa” dos 100 anos.
Amílcar Cabral, líder anticolonialista, foi precursor das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde face ao regime ditatorial português.
Foi assassinado a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, aos 49 anos.
A Semana com Lusa
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments