O crédito à economia cabo-verdiana cresceu 5,7% em 2023, para um valor equivalente a 1.419 milhões de euros, de acordo com dados do banco central consultados hoje pela Lusa.
A subida confirma a tendência dos anos anteriores, sendo que a maior parte do crédito (91,6%) diz respeito a empréstimos bancários à economia, enquanto 8,4% representa dívida titulada (mercado primário do setor financeiro), uma proporção praticamente inalterada.
Os dados divulgados no mais recente boletim estatístico do Banco Central de Cabo Verde (BCV) incluem saldos consolidados dos créditos concedidos a empresas não financeiras públicas e privadas, a particulares e emigrantes.
O crédito à economia cresceu, apesar de “o elevado nível de incumprimento e a perceção de riscos associados às empresas sem contabilidade organizada” terem levado os bancos a restringir critérios de aprovação de empréstimos no último trimestre de 2023, segundo um inquérito conduzido pelo BCV junto da banca.
Em sentido contrário, a banca aliviou "ligeiramente" os critérios para emprestar a particulares, no mesmo período, devido à concorrência e a perspetivas relacionadas com o mercado da habitação.
Ainda assim, "o 'spread' aplicado nos empréstimos de maior risco" agravou-se para particulares.
No mesmo inquérito, a banca previu que o atual trimestre termine com "uma ligeira diminuição da procura de crédito pelas empresas e um ligeiro aumento da procura pelos particulares", sendo que os critérios deverão ser mais restritivos para ambos.
A Semana com Lusa
27 de Março de 2024
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