A comunidade de Calabaceira, na cidade da Praia, dispõe a partir de agora de um serviço de informação para apoiar as mulheres activistas que actuam na prevenção e combate à VBG, mas toda comunidade no seu todo.
O serviço de informação sobre a VBG (SIS-VBG) insere-se no quadro do projecto "Fla sim pa Mudjer" da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra a Violência Baseada no Género e visa formar um grupo de mulheres lideres comunitárias em vários domínios sociais para a multiplicação das informações nas comunidades, visando a prevenção e o combate à VBG.
Em declarações à imprensa, a coordenadora Nair Tavares disse que o projecto prevê um trabalho de sensibilização com rodas de conversas nas comunidades, palestras nas escolas, mas também fazer o atendimento às mulheres em situação de violência e encaminhá-las para a rede de serviços.
"Este serviço de informação que estamos a criar é para dar apoio ao grupo de mulheres que estão a actuar nas comunidades e informar a comunidade no seu todo sobre a prevenção e combate à VBG, mas também trazer questões de cidadania, sendo que são questões conexas a violência”, apontou.
A ideia, segundo a coordenadora, é fazer acções também junto dos jovens e crianças para a prevenção da violência.
Tendo em conta a organização, dinâmica e actuação das mulheres desta localidade, adiantou que o projecto foi lançado primeiramente na comunidade de Calabaceira, mas sublinhou a intenção é levar a iniciativa para outros bairros da capital.
Por seu turno, a ministra da Justiça, Joana Rosa, que esteve presente no acto de inauguração, reconheceu que é preciso trabalhar a problemática da violência baseada no género sendo que tem manchado a imagem do país a nível internacional.
Para tal, sublinhou que é necessário trabalhar a prevenção através de informação jurídica, da literacia jurídica que passa por empoderar as associações, algumas câmaras municipais interessadas, igrejas, para que possam transmitir as boas informações sobre o quadro legal e a situação de violência, por exemplo, como agir e reagir.
Assegurou que no início do ano judicial deste ano vão ser inauguradas as jornadas da justiça, um espaço descentralizado que vai servir para debater várias temáticas nomeadamente a VBG, a violação sexual contra crianças, o tráfico de drogas, a lavagem de capitais e o tráfico de pessoas.
“São vários os desafios que nós temos ao nível do país e temos de partilhar, levar essas informações à sociedade, trabalhá-las de uma forma para que o público-alvo possa melhor entender uma linguagem simples e possamos reduzir o índice de criminalidade de VBG no nosso país”, disse a ministra.
Na ocasião, a governante destacou ainda que essas associações são parceiras fundamentais tendo em conta que trabalham de forma directa com a sociedade.
A Semana com Inforpress
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