O Governo de Timor-Leste e a Corporação Financeira Internacional (CFI), do grupo Banco Mundial, assinaram hoje um acordo de apoio para desenvolver o enquadramento legal para o projeto de captura e armazenamento de carbono.
O acordo foi assinado pelo ministro do Petróleo e Recursos Naturais, Francisco Monteiro, e o representante residente da CFI para Timor-Leste e a Indonésia, Euan Marshall, em Díli.
“Acabamos de assinar um acordo para ajudar o ministério a explorar as condições necessárias para estabelecer um local de captura e armazenamento de carbono no Bayu-Udan”, afirmou Euan Marshall.
Segundo o responsável da CFI, transformar o Bayu-Udan num reservatório é uma “importante oportunidade para Timor-Leste”.
“Olhamos para os desafios das alterações climáticas e precisamos de responder em várias frentes, nomeadamente com a transição para a energia verde e a captura e armazenamento de carbono. O que é realmente importante para Timor-Leste é que esta é uma grande oportunidade de começar uma nova indústria, que ainda está em desenvolvimento”, salientou.
O ministro do Petróleo timorense destacou que o projeto é não só muito importante para Timor-Leste, mas como para toda a região.
Localizado no Mar de Timor, a cerca de 250 quilómetros a sul de Timor-Leste, o Bayu-Udun é um campo de condensado de gás, que, segundo o Governo timorense, deve terminar a produção este ano.
Quando as operações terminarem, o Governo timorense pretende estabelecer uma parceria comercial estratégica para voltar a desenvolver o campo, mas para captura e armazenamento de carbono.
Numa visita, realizada em janeiro à Austrália, o ministro do Petróleo discutiu com as autoridades australianas a cooperação para o projeto de captura e armazenamento de carbono, incluindo o estabelecimento de quadros jurídicos e regulamentares necessários para o movimento de CO2 entre os dois países e o seu armazenamento em reservatórios submarinos.
A Semana com Lusa
22 de Março de 2024
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