sexta-feira, 22 novembro 2024

A ATUALIDADE

Caso Mercado de Coco volta à ribalta : PAICV acusa tratar-se da maior vergonha da gestão de Ulisses Correia e Silva junto com a alegada máfia de terrenos

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O polémico caso do mercado de coco, cuja obra consumiu em 10 anos mais de um milhão de contos sem que fosse concluída, volta à ribalta com a acusação do líder da Comissão Politica Regional do PAICV em Santiago Norte a defender que “trata-se de umas das maiores vergonhas da gestão" do atual Primeiro-ministro e ex-presidente da Câmara de Praia (Ulisses Correia e Silva), junto com a alegada máfia de venda de terrenos na Capital. A acusação parte do deputado Carlos Tavares, em réplica ao seu colega do MpD e antigo presidente da Assembleia Municipal da Praia, Alberto Melo, que criticou que tudo se deve “à birra politica” do edil Francisco Carvalho (ver este jornal).

 

"No mercado do coco, a gestão do MpD enterrou mais de 1 milhão de contos, incluindo o acréscimo de mais 350.000 contos doados a Camara Municipal em 2019, na gestão do MPD, quando o custo inicial era de 450.000 contos, numa gestão absolutamente intransparente, desastrosa e danosa do herário público, sendo que que as últimas fases do referido mercado nem sequer obtiveram o visto do Tribunal de Contas”, fez questão de realçar.

 

É com estranheza que ouvimos o Deputado Alberto Mello do MpD falar do abandono do Mercado do coco, parecendo um carnaval fora de época, quando ele, enquanto vereador da CM do mandato do MPD e depois como Presidente da Assembleia Municipal é um dos principais rostos, junto com o atual Primeiro Ministro, Ulisses Correia e Silva, daquilo que é uma das maiores vergonhas da gestão do MpD, só ultrapassado pelo processo da alegada Máfia dos terrenos, igualmente relacionado a gestão do partido ventoinha”, criticou o politico, que é também parlamentar do maior partido da oposição, em conferência de imprensa.

Diante de tudo isto, Calicas defendeu que o MpD deveria ter vergonha quando fala do Mercado de coco, pois não tem legitimidade moral de falar sobre esta questão. “Estamos a falar dum mercado iniciado em 2011, no mandato do MPD, cujas obras estavam projetadas para um período de um ano, e quando o MPD saiu do poder em 2020, tinham passado quase 10 anos sem que se tenha concluído a referida obra. Não obstante alerta com relatorios técnicos a recomendarem a não construção da forma como foi feita, a Câmara de então (consulado de Ulisses Correia e Silva) insistia em injetar mais dinheiro. No mercado do coco a gestão do MpD enterrou mais de 1 milhão de contos, incluindo o acréscimo de mais 350.000 contos doados a Camara Municipal em 2019, na gestão do MPD, quando o custo inicial era de 450.000 contos, numa gestão absolutamente intransparente, desastrosa e danosa do herário público, sendo que que as últimas fases do referido mercado nem sequer obtiveram o visto do Tribunal de Contas”, fez questão de realçar.

Para o conferencistas, a conclusão de toda essa gestão do MPD é que o dinheiro desapareceu, estragou-se um campo de futebol e o que deixou foi um esqueleto metálico que não serve para nada. “Associado a isso, venderam o espaço do mercado de sucupira e tomaram dinheiro das vendedeiras sem lhes ter garantido o mercado. Deixaram dividas a atual câmara para pagar mensalmente por um mercado que não existe”, acrescentou.

Tribunal de Contas recusa-se realizar auditoria

Carlos Tavares lembrou que a atual Câmara Municipal, liderada por Francisco Carvalho, solicitou, assim que tomou posse, ao Tribunal de Contas (TdC) que, face a gravidade da situação, fizesse uma auditoria ao Mercado do Coco, tendo enviado a essa instituição todos os dados e documentos, mas que este tribunal sempre se esquivou de faze-la. “Primeiro, alegando o período de COVID-19, que na justificação do TdC não permitiu a execução da programação para o efeito: depois o TdC veio com a justificativa da falta de meios, e depois dizendo que a CM da Praia não tem competência para solicitar a auditoria”, criticou.

Na sequência disso, o conferencista revelou que, em 2022, o Grupo parlamentar do PAICV propôs no parlamento que se aprovasse uma resolução para autorizar o Tribunal de Contas a fazer a auditoria, ao qual, como todos se lembram, foi chumbado pelo MpD. Este recusou, segundo a mesma fonte, que se faca a auditoria e veio depois prometer no mesmo ano que iria em 2023 apresentar uma resolução para o efeito. Mas Calicas recordou que até hoje nada disso aconteceu, o que é, na sua opinião, um sinal inequívoco da tentativa de se esconder e bloquear a busca da verdade dos factos.

“O Tribunal de Contas tem sistematicamente e propositadamente adiado a auditoria ao Mercado de Coco, fugindo as suas responsabilidades, colocando essa questão na agenda apenas para ingles ver. Esse dossier também é do conhecimento de outras instituições”, alertou.

Justiça e alegada perseguição a Câmara da Praia

O MpD brincou com o dinheiro dos praienses e tem tido a cobertura e conivência de certas instituições da República que têm o dever de zelar pelo bom uso do dinheiro público. Mas estas se mostram enérgicas em determinadas situações que envolvem a atual Câmara Municipal e mantendo inércia ou fechando os olhos quando o assunto tem a ver com a gestão do MpD, agindo com dois pesos iguais e duas medidas diferentes”, denunciou.

Para o deputado, o dinheiro do povo enterrado no Mercado do Coco dava para construir várias infraestruturas e apoiar vários jovens na Capital . “O dinheiro enterrado no mercado do coco daria para construir 300 habitações sociais, ou 1500 casas de banho, pintar 20 mil casas na cidade da Praia ou apoiar a formação de centenas de jovens paraenses”.

Segundo Carlos Tavares, o que foi deixado foi um esqueleto metálico com graves problemas estruturais, cujo pareceres técnicos recomendam o não uso do mesmo porque que irá por em causa a segurança das pessoas. “Por outro lado, não é recomendável a sua demolição neste momento, enquanto se está a espera da auditoria das autoridades. Os munícipes há muito que andam a espera de uma intervenção das autoridades competentes sobre esta questão para um esclarecimento cabal e estas não devem ficar impávidos perante esta situação de grande gravidade que envolve a gestão anterior do MpD na Câmara Municipal da Praia”, advertiu o politico.

21 de fevereiro 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 12 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 11 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 9 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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