terça-feira, 02 setembro 2025

A ATUALIDADE

Angola: Arranque do ano letivo marcado por preços altos

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Pais e encarregados de educação da província do Cubango e do Cuando relatam dificuldades para conseguir comprar o material escolar para os estudantes, devido aos altos preços.

À DW, o encarregado de educação, Bernardo Mário, diz que o preço do material escolar subiu e que fica difícil conseguir adquiri-lo.

"Os preçários subiram muito. Estes negociantes deviam diminuir um bocado os preçários para nós conseguirmos comprar os materiais para as nossas crianças. Eu já tenho umas crianças em classes elevadas e os cadernos custam cerca de 1.500 a 2.000 kwanzas (cerca de 1,40 a 1,90 euros), menos estes que custam 150 kwanzas (0,14 euros). Estou a ver que os preçários são muito elevados", conta.

Maximino Manuel Kachekele é economista e também encarregado de educação. À DW conta que fez recentemente um levantamento dos preços e verificou esta dita subida. Pelas suas contas, o material necessário para um aluno custa cerca de 15 mil kwanzas (cerca de 14 euros). Maximino entende que existe algum aproveitamento por parte dos revendedores e vendedores.

"O material não está fácil. É claro que é uma oportunidade que os vendedores ou os revendedores viram para aumentarem os preços, mas tendo em conta a situação em que o país está a viver, em que as coisas cada vez mais sobem, não está a ser fácil, sobretudo para aquelas famílias que têm mais de três filhos, pode chegar por ali a 50 mil kwanzas (mais de 45 euros)", relata.

A DW ouviu igualmente o lado de quem vende o material escolar. É o caso de Marcolino Vitangui, vendedor em Menongue, e que garante que no seu estabelecimento os preços não sofreram alterações.

"Os nossos preços são sempre aqueles que mantém. No caso, os cadernos pequenos, que são A5, estão no valor de 1.700 kwanzas (1,60 euros ) e os maiores estão no valor de 2.000 kwanzas (1,90 euros ). E estes são preços que podemos considerar fixos, não alteram de acordo com a fase que estamos. Há adesão e, neste momento, estamos com escassez de material. Estamos à espera que a mercadoria chegue", garante.

O economista Maximino Manuel Kachekele explica que, a acrescentar à subida da cesta básica, a desvalorização do kwanza agrava o problema das famílias todos os dias.

"A nossa moeda está cada vez mais desvalorizada e isto também vai fazer com que as famílias consumam pouco. Já não têm aquele poder de compra como antes e, com esta subida do material escolar, para quem já tenha feito algum plano daquilo que são as suas despesas e gastos pode pesar pouco. Mas para quem não, isto torna-se mais difícil ainda", pondera.

O encarregado de educação Bernardo Mário deixa um apelo:

"A minha mensagem é que o Governo ajude-nos na fiscalização e trabalhe para diminuir os preços."

 

A Semana com DW África

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mario
3 days 5 hours

Faça-se o monumento! A história vai agradecer!

Terra
3 days 11 hours

A democracia em Cabo Verde nao existe direitos da liberdade so existe para os políticos? Me disculpa dereito de falar.

Filomena
3 days 22 hours

Oxalá se resolva de uma vez por todas o probkema dos transportes para a Brava. Quem é esse. engracado que vaticinou que ...

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