Ex-reféns do Hamas e familiares de reféns protestaram, esta sexta-feira (08.08), contra a decisão do Governo de Israel de assumir o controlo da cidade de Gaza.
Noah Perry, filha de um refém que morreu em cativeiro, teme o agravamento da guerra e que o Hamas mate os 20 reféns que ainda estão vivos. "Sabemos que esta decisão vai causar muitas mortes indesejadas de mais soldados e reféns. Parem com isto. Parem agora! Tragam todos os reféns de volta num único acordo", pediu.
O plano aprovado pelo gabinete de segurança de Israel prevê a ocupação militar da cidade de Gaza. Segundo a imprensa israelita, os habitantes serão levados para campos de deslocados no centro da Faixa de Gaza, até ao início de outubro.
"As Forças de Defesa de Israel preparar-se-ão para assumir o controlo da cidade de Gaza, garantindo ao mesmo tempo a prestação de ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate", especifica o comunicado.
O Governo de Benjamin Netanyahu definiu ainda cinco objetivos para o fim da guerra: Derrotar o Hamas, libertar os reféns, desmilitarizar a Faixa de Gaza, controlar a segurança da região e estabelecer uma "administração civil alternativa que não seja nem o Hamas nem a Autoridade Palestiniana".
O anúncio do plano gerou uma avalanche de condenações. Da União Europeia às Nações Unidas, todos rejeitam um controlo israelita da cidade de Gaza e instaram o Executivo de Netanyahu a reconsiderar a decisão.
A Autoridade Palestiniana, chefiada por Mahmoud Abbas, disse que a decisão de Netanyahu é "perigosa". Essa seria uma "violação flagrante da lei humanitária internacional e das resoluções de legitimidade internacional" e "levará a uma catástrofe humanitária sem precedentes", afirmou o gabinete de Abbas em comunicado.
Berlim está a "recompensar o terrorismo"
Entretanto, a Alemanha suspendeu todas as exportações militares para Israel que possam ser usadas na Faixa de Gaza.
"Com a ofensiva planeada, o Governo israelita tem uma responsabilidade ainda maior do que antes" de ajudar os civis, salientou o chanceler alemão Friedrich Merz.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, considera que Berlim está a "recompensar o terrorismo".
"Em vez de apoiar a guerra justa de Israel contra o Hamas, que realizou o ataque mais horrível contra o povo judeu desde o Holocausto, a Alemanha recompensa o terrorismo do Hamas com o embargo de armas a Israel", declarou o escritório de Benjamin Netanyahu em comunicado.
A Semana com DW África
Crime na Palestina
Em relação ao papel de Cabo Verde, a única coisa que resta saber, é se Ulisses Correia e Silva, Carlos Veiga e MpD, continuam a apoiar na ONU esse criminoso procurado pelo TPI, que a foto mostra.Terms & Conditions
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