Conforme DW África, o braço juvenil da UNITA, a Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), denunciou a detenção "ilegal” do seu secretário nacional para a mobilização urbana, Oliveira Francisco, ocorrida na quarta-feira, 7 de agosto, em Luanda, Angola.
Segundo o líder da JURA, Nelito Ekuikui, em declarações à DW, Oliveira Francisco foi acusado de terrorismo, associação criminosa e instigação de atos de subversão nas redes sociais. No mesmo dia, um jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA) também foi detido.
De acordo com o Novo Jornal, ainda não é claro se estas detenções estão relacionadas com os tumultos registados na semana passada, durante a greve de taxistas contra o aumento do preço do combustível.
Nelito Ekuikui afirmou que as autoridades angolanas violaram normas legais ao deterem o dirigente da JURA.
"A casa dele foi arrombada. Arrombaram a porta, foi molestado no ato da detenção. Houve tortura física e psicológica. Foi detido sem mandado de captura. O mandado de captura foi-lhe apresentado apenas às 17h00 do dia de ontem, o que é uma clara violação da Constituição e das leis da República de Angola e de outros tratados internacionais que Angola subscreve”, acusou.
O líder juvenil considera que a acusação tem "fundo político”: "Quando se está a acusar alguém de terrorismo e financiamento ao terrorismo, o fundo é político. Mas queremos acompanhar o processo e esperar que o Ministério Público faça a acusação como fez e haja provas materiais.”
Ekuikui defendeu ainda que "terrorismo não é só uma palavra vã” e que é necessário compreender "que atos de terrorismo ele está a ser acusado e qual é o valor do financiamento de que ele está a ser acusado”.
Segundo ainda a fonte deste jornal, o dirigente reafirmou o apoio total da JURA a Oliveira Francisco e criticou as "detenções arbitrárias” que, segundo diz, continuam a ocorrer no país.
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