sábado, 11 maio 2024

A ATUALIDADE

Crise na Guiné-Bissau: Jorge Santos contra intervenção de instâncias internacionais

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O presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde defendeu hoje que os guineenses têm que acatar com as directrizes da Constituição da Guiné-Bissau, que tem um Tribunal Constitucional, tribunais e um Parlamento e “é nesse quadro das instituições democráticas que essas questões têm que ser resolvidas e não no quadro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), nem de outras instâncias”. Com este posicionamento, Jorge Santos opõe às deliberações de instâncias internacionais (ONU, União Africana, CEDEAO, UE e CPLP) que condenam o decreto presidencial de José Mário Vaz de demitir o governo de Aristides Gomes e a própria decisão do Governo de Cabo Verde (ver neste jornal a declaração do Ministro dos Negócios Estrangeiros), que apoia este executivo saído das últimas eleições.

Para os críticos, esta declaração sem sentido de Estado de Jorge Santos é grave, por colocar Cabo Verde contra a ordem intencional. Está a provocar as mais diversas reações nas redes sociais - por isso esta declaração grave publicada na RTC foi retirada do ar. Alguns deputados já avisaram que tal posição não é do parlamento cabo-verdiano. Já o Governo contraria a posição assumida por Jorge Santos, afirmando, através do Ministro dos Negócios Estrangeiros, que Cabo Verde apoia o governo legítimo de Aristides Gomes.

Como lembra a Inforpress, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, considerou “difícil” a situação por que passa a Guiné-Bissau e exortou os guineenses a encontrarem as melhores vias e soluções para resolver os seus problemas dentro do quadro constitucional do país.

Jorge Santos, que falava aos jornalistas, esta tarde, depois de ser recebido pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, disse que se trata de um assunto interno que deve ser resolvido pelos guineenses e que não caberá a ele emitir qualquer opinião em relação a questão.

“Guiné-Bissau tem uma Constituição da República, que é o quadro legal para a resolução de qualquer problema, e nós somos defensores que têm de ser criadas todas as condições para as eleições presidenciais que se avizinhem”, sublinhou, segundo a Inforpress, o presidente do Parlamento cabo-verdiano, que não quis adiantar qual dos governos reconhece como legítimo.

Para Jorge Santos, os guineenses têm que acatar com as directrizes da Constituição da Guiné-Bissau, que tem um Tribunal Constitucional, tribunais e um Parlamento e “é nesse quadro das instituições democráticas que essas questões têm que ser resolvidas não no quadro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), nem de outras instâncias”.

“O que eu quero é a paz na Guiné-Bissau a concórdia e, acima de tudo, o respeito pela Constituição da República. Existem instrumentos instituições legais e que nós todos temos que respeitar, quer sejamos da CPLP, da CEDEAO ou das Nações Unidas, temos que analisar”, afirmou, frisando que cabem aos guineenses, actores políticos encontrar a melhor via para resolução desta questão.

A Guiné-Bissau está mergulhada numa crise politica institucional, com o chefe de Estado, José Mário Vaz, a demitir o Governo de Aristides Gomes saído das eleições legislativas recentemente realizadas e a nomear um novo Governo, liderado por Faustino Imbali, dirigente do PRS - CEDEAO deu 48 horas para este governo se demitir

Aristides Gomes e o seu Governo mantêm-se em funções e grande parte da comunidade internacional reconhece o seu Governo como “único e legitimo” na Guiné-Bissau, a quem pedem que organize as eleições presidenciais marcadas para 24 do corrente.

Em plena campanha eleitoral para as presidenciais, uma missão da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chegou a Guiné-Bissau para mediar a crise no país.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Amorim
7 days 15 hours

Para melhor credibilidadebdo jornal sugere-se a retirada temporária de comentários e opiniões . São omitidos.

RE Andre
12 days 1 hour

essas aberturas para comentarios ,nao devia existir ,pois, nao se consegue dizer nada a ditadura continua? vao a******

Amorim
12 days 10 hours

Descanse em paz Djo. Desportista exemplar. Hoje muitos metem-se na bebida e sobram doentes para os medicis ehospitais.

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