A UCID (oposição) considerou esta quarta-feira que há necessidade de reforçar a fiscalização dos mares de Cabo Verde e de criar um fundo que sirva aos armadores nacionais para investir e melhorar a sua capacidade de pesca e armazenagem.
Esta posição foi anunciada pela deputada da União Cabo-Verdiana Independente Democrática (UCID), Zilda Oliveira, em antevisão à primeira sessão ordinária da Assembleia Nacional deste mês de Março, que prevê uma interpelação ao Governo sobre o acordo de pesca com a União Europeia (UE) e a política externa.
Segundo, Zilda Oliveira, a UCID “vê com bons olhos” que as principais contrapartidas deste acordo sejam para acções destinadas para mulheres e jovens, numa lógica de redução do desemprego nestas duas franjas da população.
Entretanto, advogou, não pode deixar de pontuar que o partido tem chamado a atenção para a necessidade de as contrapartidas financeiras serem usadas para responder às demandas do sector.
“Desde investimentos para aumentar a capacidade de captura local permitindo abastecer a indústria conserveira e a consequente industrialização do sector a nível nacional”, exemplificou a mesma fonte.
Também, segundo a eleita nacional, ainda há algum desconhecimento do acordo por parte de muitos dos que laboram nesta área.
Pelo que, considerou, é necessário melhorar a socialização deste com os trabalhadores do sector que também têm reivindicado mais investimentos no sector, na melhoria da frota de navios, nas infraestruturas e na conservação, entre outros.
Segundo a deputada, a UCID também vai questionar o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, na sessão de perguntas dos deputados ao Governo, sobre a segurança e a paz social no país, que “tem sido uma preocupação de muitos cabo-verdianos”.
“Entre os nossos questionamentos constarão o défice de recursos humanos, de meios materiais e de mobilidade. O parque automóvel, quer em termos de quantidade quer de qualidade precisa de investimentos. Saber do andamento e avaliação do impacto de alguns programas, e em relação à protecção civil sobre a capacidade de resposta de preparação das instituições para responder em situação de crise/emergência”, exemplificou.
A primeira sessão do mês de Março da Assembleia Nacional principia na quarta-feira, 12, e decorre até sexta-feira, 14, na cidade da Praia, e a agenda será marcada, entre outros pontos, por uma interpelação ao Governo sobre o acordo de pesca com a União Europeia (UE) e a política externa, perguntas dos deputados ao Governo e aprovação de projectos e propostas de lei.
A Semana com Inforpress
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