segunda-feira, 10 março 2025

A ATUALIDADE

China defende a sua despesa militar depois de Trump e Putin terem apoiado cortes

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 A China afirmou hoje que as suas "despesas limitadas” com a Defesa são “absolutamente necessárias”, depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter aceite a proposta do homólogo norte-americano, Donald Trump, para negociar uma redução nos orçamentos militares.

“As despesas limitadas do nosso país com a Defesa estão em total sintonia com a necessidade de defender a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China, bem como de manter a paz mundial”, disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.

De acordo com Lin, as despesas globais com a Defesa atingiram 2,46 biliões de dólares (cerca de 2,38 biliões de euros) em 2024 devido a “uma situação de segurança internacional e regional cada vez mais tensa”, que evidenciou “o crescente défice de segurança atual” e “os desafios comuns enfrentados por todas as partes na resposta às questões de segurança”.

“A comunidade internacional, especialmente as grandes potências, deve dar o exemplo e ser o motor da paz. A China sempre seguiu um caminho de desenvolvimento pacífico”, acrescentou.

O porta-voz sublinhou que a China sempre aderiu a “uma estratégia de autodefesa”, insistiu no “desenvolvimento coordenado da economia e da Defesa nacional” e “não se envolveu numa corrida ao armamento com nenhum país”.

“A China tomou medidas práticas para a paz mundial e injetou continuamente estabilidade e certeza no mundo”, afirmou.

Trump afirmou na semana passada que gostaria de negociar com os líderes da Rússia e da China a redução para metade do orçamento militar. Putin afirmou que a Rússia poderia chegar a esse acordo com os Estados Unidos.

A China anunciou, em março de 2024, que iria aumentar as suas despesas com a Defesa em 7,2%, para 1,665 biliões de yuan (213,242 mil milhões de euros), e deverá anunciar o valor deste ano no início do próximo mês.

Há quem afirme que o orçamento militar divulgado pelas autoridades chinesas é impreciso e não reflete a verdadeira dimensão das despesas reais com a Defesa na China, que nos últimos anos tem financiado uma modernização extensiva das suas Forças Armadas.

A extrema opacidade do programa nuclear chinês tem suscitado críticas de países como os Estados Unidos, que estimam que Pequim possui mais de 500 ogivas nucleares operacionais e que poderá duplicar este número até 2030.

A Semana com Lusa

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