O MpD voltou hoje a exigir do PAICV um pedido de desculpas pelos 15 anos do regime de partido único, mas os “tambarina” disseram que muitos fundadores do partido “ventoinha” seriam obrigados a fazer o mesmo.
O líder da bancada parlamentar do Movimento para a Democracia (poder), Celso Ribeiro, disse que os cabo-verdianos se sentem “inquietados”, quando o PAICV diz que não vai pedir desculpas pelos actos que os seus dirigentes cometeram ao longo dos 15 anos de vigência do regime de partido único em Cabo Verde.
Por sua vez, Dénis Almeida, porta-voz do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV - oposição), disse aos deputados do partido no poder que é preciso identificar os agravos e os responsáveis dos mesmos.
“Há que saber quem deve pedir desculpas. É preciso identificar os agravos e os responsáveis dos mesmos é que terão esta responsabilidade, nomeadamente aqueles que pertencem ao MpD, que foram seus fundadores, porque, na altura, foram altos responsáveis do País”, vincou Démis Almeida.
Passada a fase de quem deve pedir desculpas aos cabo-verdianos, os deputados centraram o debate à volta da declaração política do PAICV sobre o 20 de Janeiro, data em que Cabral foi assassinado, com o líder do grupo parlamentar do MpD a lembrar que foi governo do seu partido que atribuiu a nacionalidade cabo-verdiana a Amílcar Cabral.
“Foi o MpD que construiu todas as lembranças sobre Amílcar Cabral, nomeadamente construção de estátuas e memoriais”, afirmou Celso Ribeiro.
“Cabral é uma figura incontornável [da nossa história], apontou Celso Ribeiro, para quem as datas como o 5 de Julho, o 13 e o 20 de Janeiro “devem ser momento para pacificarmos a história”.
A Semana com Inforpress
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