A construção do novo porto de pesca da vila piscatória da Ribeira da Barca, em Santa Catarina (Santiago), vai custar 600 mil contos e as obras vão arrancar “brevemente”, revelou esta quarta-feira, o ministro do Mar, Jorge Santos.
O também ministro das Comunidades, que fez este anúncio durante um encontro com pescadores, peixeiras e armadores daquela comunidade piscatória, adiantou que o projecto vai ser financiado, através do Banco Mundial (BM) e Governo, assim como a asfaltagem da estrada Volta Monte/Ribeira da Barca, cujas obras já arrancaram.
“Não é apenas uma promessa, desta vez Ribeira da Barca vai ter o seu porto de pesca. Já existe o projecto [da construção do novo porto de pesca da Ribeira da Barca], e no quadro do complexo vai ter quebra-mar para permitir uma zona de abrigo”, adiantou o titular da pasta do Mar.
“Vai ser um porto de abrigo para permitir entrada e saída de embarcações em segurança. Ou seja, vai ser um porto de entrada e saída não só de pesca, mas também de cabotagem e de recreio”, acrescentou.
A construção deste porto multifuncional, que segundo ele, está alinhado com a estrada asfaltada vai permitir uma nova fase na história dessa comunidade do município de Santa Catarina.
Além dessa infra-estrutura de pesca, o ministro assegurou que o Governo vai reactivar a Unidade de Transformação e Agregação de Valor ao Pescado (UTAV), em Ribeira da Barca, que está a ser gerida desde 2014 por uma empresa espanhola.
Os pescadores e peixeiras daquela vila piscatória, que são os maiores beneficiários da UTAV, fazem balanço negativo da gestão da Anine e que nunca tiveram acesso ao gelo, ao congelamento e nem ao lucro da exportação feia por algum tempo ali.
Perante tudo isso, alguns pescadores e peixeiras presentes no encontro pediram ao Governo para reactivar a UTAV e devolvê-los.
Na ocasião, Jorge Santos lembrou que o ministério que dirige tem dado uma “atenção especial” àquela comunidade piscatória, para quem é importante pelo número de operadores de pesca e pela sua história, referindo-se à outrora porto local que servia de entrada e saída de embarcações tanto para as ilhas como para o estrangeiro.
De entre os “projectos importantes” já materializados, destacou a fibragem de botes, cedência de crédito de 50 por cento (%) para aquisição de motores de popa e várias formações, sobretudo de tratamento de pescado.
Os referidos projectos, conforme lembrou, também beneficiaram os homens e mulheres do mar da vila piscatória de Rincão, onde também visitou esta quarta-feira, acompanhado da presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro.
Sobre formações, adiantou que a EMAR vai ministrar “brevemente” vários cursos de curta e longa duração para jovens e pescadores em Ribeira da Barca, juntamente com os de Rincão.
A Semana com Inforpress
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