O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, afirmou que o Governo está a trabalhar em todos os cenários possíveis em relação a vinda ou não da chuva este ano em Cabo Verde.
Gilberto Silva, que falava sábado aos jornalistas, em São Domingos, interior de Santiago, afirmou que ainda não há que dizer que se vai haver um mau ano agrícola, mas que, mesmo assim, o Governo trabalha para todas as alternativas e cenários.
“Num cenário em que as coisas não corram bem, o governo entrará com medidas adicionais de mitigação. Nós temos trabalhado muito fortemente nas medidas de resiliência e que tem haver essencialmente com a mobilização da água”, acrescentou segundo a Inforpress.
Gilberto Silva disse ainda que se vai ter que arrancar com os trabalhos de dessalinização da água salobra, assim como da água do mar para serem utilizadas na agricultura.
Trata-se, conforme frisou, de todo um trabalho que vai demorar mais tempo, mas que vai trazer “maior preparação” ao país para enfrentar anos de seca, dentro de um contexto de mudanças climáticas.
O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, manifestou-se, por seu lado, crente de que as “boas previsões” sobre a vinda das chuvas se confirmem, entretanto apelou para a antecipação dos problemas que poderão acontecer com “serenidade, lucidez e inteligência”.
“Nós não devemos tomar medidas apenas quando acontece coisas deste género, devemos é antecipar os problemas que podem acontecer com serenidade, mas com lucidez e inteligência”, defendeu Jorge Carlos Fonseca, em declarações aos jornalistas na segunda-feira, 19, na cidade da Praia.
Cabo Verde está a passar por um das piores secas nos últimos 40 anos.
Em entrevista à Rádio de Cabo Verde, o ministro da Agricultura afirmou que a situação vigente “só é comparável às secas de 1947 e 1977, em que a situação foi muito complicada”.
“Em 1947, inclusive, houve fome e mortandade”, lembrou o governante citado pela Inforpress.
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