sexta-feira, 20 setembro 2024

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PM cabo-verdiano defende que figura de Cabral não deve ser partidarizada

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O primeiro-ministro cabo-verdiano defendeu que a figura de Amílcar Cabral, líder das independências de Cabo Verde e Guiné-Bissau, não deve ser partidarizada, sobretudo no ano do seu centenário.

 

“A dimensão do homem político, intelectual, líder das independências da Guiné e Cabo Verde e impulsionador do pan-africanismo, destacam Amílcar Cabral como uma figura mundial proeminente do século XX, como foi considerado por destacados historiadores”, referiu.

No centenário de Amílcar Cabral, o melhor tributo que podemos prestar-lhe é não partidarizar a sua figura e o seu legado, não promover o culto de personalidade, que o próprio Cabral dispensava, não impor leituras únicas e dogmáticas”, referiu Ulisses Correia e Silva, numa mensagem publicada no portal do Governo, na quinta-feira.

A publicação sintetiza declarações feitas no encerramento de um colóquio sobre o centenário, na ilha do Sal, promovido pela editora Rosa de Porcelana.

Estamos num país democrático e amante da liberdade, por isso o escrutínio e a controvérsia estão naturalmente presentes”, disse, separando o reconhecimento da personalidade histórica da discussão política.

A dimensão do homem político, intelectual, líder das independências da Guiné e Cabo Verde e impulsionador do pan-africanismo, destacam Amílcar Cabral como uma figura mundial proeminente do século XX, como foi considerado por destacados historiadores”, referiu.

Contudo, tal não significa que se tenha de "estar de acordo com a ideologia que ele defendia”, acrescentou, num apelo à não partidarização.

Ulisses Correia e Silva lidera o Governo suportado por uma maioria parlamentar do Movimento pela Democracia (MpD), partido que já tinha vencido as primeiras eleições multipartidárias, em 1991, após o regime de partido único do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fundado por Amílcar Cabral – e que no arquipélago deu lugar ao Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, hoje na oposição).

Uma discussão pública emergiu em outubro de 2023, quando os deputados do MpD votaram contra uma resolução apresentada pelo PAICV, no parlamento, para celebrar o centenário.

Na altura, na sua declaração de voto, o líder parlamentar do MpD, Paulo Veiga, explicou que juridicamente a resolução é o instrumento errado para o efeito.

Posteriormente, o primeiro-ministro cabo-verdiano prometeu "dignidade e representatividade" nas comemorações dos 100 anos do nascimento de Amílcar Cabral, mas rejeitou que se façam por decreto.

Amílcar Cabral nasceu a 12 de setembro de 1924, em Bafatá, na então Guiné Portuguesa (hoje Guiné-Bissau), e foi assassinado a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, Guiné.

As comemorações do centenário têm sido marcadas por diversos eventos académicos, culturais e políticos, tanto em Cabo Verde como noutras partes do mundo.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 19 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
16 days 14 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days 17 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

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