sábado, 09 novembro 2024

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Rússia acusa NATO de ser instrumento de confrontação dos EUA na Europa

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A Rússia acusou hoje a NATO de continuar a ser um “instrumento de confrontação” na Europa ao serviço dos Estados Unidos, no dia em que a organização assinala os 75 anos da fundação.

A NATO foi concebida como uma aliança, moldada, criada e dirigida pelos Estados Unidos como um instrumento de confrontação, especialmente no continente europeu. E, a este respeito, continua a cumprir a função”, criticou o porta-voz do Kremlin (presidência).

Dmitri Peskov afirmou que a NATO, “atualmente, não contribui de forma alguma para a segurança, previsibilidade e estabilidade da segurança no continente”.

Pelo contrário, é um fator de desestabilização”, acrescentou, citado pela agência espanhola EFE.

Criada em 04 de abril de 1949, com a assinatura do Tratado do Atlântico Norte, em Washington, a NATO teve 12 países fundadores, incluindo Portugal.

Conhecida pela sigla inglesa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte conta atualmente com 32 membros, incluindo vários países que pertenceram à aliança rival, o Pacto de Varsóvia, dominado pela antiga União Soviética.

Os membros mais recentes são a Finlândia e a Suécia, que abandonaram a tradicional neutralidade para aderir à aliança militar ocidental na sequência da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

A possibilidade de a Ucrânia aderir à NATO, bem como a Geórgia, foi um dos argumentos usados pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para justificar a invasão do país vizinho e desencadear uma guerra que vai no terceiro ano.

Sobre as relações entre a Rússia e a NATO, o porta-voz do Kremlin disse que “passaram praticamente para o nível de confronto direto”.

“Os países da NATO, a própria Aliança, não está constantemente a aumentar [a sua presença], mas já se envolveu no conflito na Ucrânia”, disse.

Peskov acusou os aliados de prosseguirem a aproximação e de reforçarem a presença das infraestruturas militares junto à fronteira russa.

O Kremlin acusa a NATO de envolvimento direto na guerra na Ucrânia por fornecer grandes quantidades de armas a Kiev, o que, segundo Moscovo, só irá prolongar o conflito e o sofrimento dos ucranianos.

Putin negou recentemente que a Rússia tenha planos para atacar os países da NATO, uma declaração repetida hoje pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

Tais suspeitas são “absurdas e sem sentido”, afirmou Lavrov durante um encontro com diplomatas estrangeiros em Moscovo.

A Semana com Lusa

4 de Abril de 2024

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