Na região de Santiago Sul (Ribeira Grande, Praia e São Domingos), assim como em todo o país, os partidos políticos preparam-se para o arranque oficial da campanha para as legislativas, a partir da meia-noite desta quinta-feira, 01 de abril. Seis partidos concorrem aos votos neste que é o maior círculo eleitoral de Cabo Verde.
Entre esses, o Partido Social Democrático (PSD), capitaneado pelo seu histórico líder João Além que já vai na sua quinta corrida eleitoral, destaca a educação como a “chave para desenvolver e mudar Cabo Verde”. O povo “grita por uma solução”, salienta Além.
António Monteiro, cabeça de lista da União Cabo-verdiana Independente Democrática (UCID) por Mindelo, outro veterano nessas lides políticas, quer contar com o apoio dos cabo-verdianos no processo das campanhas para afirmar de vez o seu partido entre os da esfera do poder. Isso, afiança, para que juntamente com o povo possa dar, com urgência, a Cabo Verde um outro rumo, apostando sobretudo na justiça, na economia e na educação. O partido conta com um reforço de peso, o advogado Amadeu Oliveira pela lista de São Vicente, fazendo crer que a Justiça será um dos “pratos fortes” da sua plataforma.
Amândio Barbosa Vicente, primeiro candidato por Santiago Sul e líder do Partido Popular (PP), tem como ambição eleger pelo menos um deputado e continuar a defender o fio condutor da sua plataforma eleitoral que é o “bem-estar e a dignidade” da família cabo-verdiana. Daí afirmar ter propostas de medidas estruturantes em áreas que considera “cruciais” para o desenvolvimento do país, como a economia, assente no turismo, os transportes e a educação.
Janira Hopffer Almada, líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e cabeça de lista por Santiago Sul, afirma a bandeira de um “Cabo Verde para Todos” e vê na reforma do Estado o caminho para alcançar este objetivo, “reaproximando” o poder central das pessoas e cortar nos gastos desnecessários. Tem como uma das grandes prioridades resolver o problema das ligações marítimas e aereas- anunciou recapitalizar a TACV/CVA e mandar abrir voos domésticos, caso vença as eleições de 18 de Abril.
Carlos Manuel Tavares, conhecido como Romeu de Lurdes, lidera a lista do Partido do Trabalho e Solidariedade (PTS) e quer contar com o apoio dos cabo-verdianos para trazer maior pluralidade de vozes no Parlamento, a acrescentar às do MPD, PAICV e da UCID. “Outras vozes que possam representar os interesses do povo no Parlamento”. Caso seja eleito, Romeu promete ser um deputado “perto das pessoas”.
Ulisses Correia e Silva, líder do Movimento para a Democracia que encabeça a lista por Santiago Sul e candidato à sua própria sucessão na chefia do Governo, mostra-se confiante na sua reeleição no dia 18 de abril.Promete “continuar” a governar em prol do desenvolvimento socioeconómico de Cabo Verde, ao mesmo tempo que promete trazer algumas inovações, sobretudo na área da saúde, e continuar a "levar Cabo Verde para o caminho certo e seguro". Apresenta os três aons de seca e pandemia de Covid-19 como fatores que dificultaram o desempenho do seu governo.
Ações do primeiro dia de campanha
No primeiro dia da campanha eleitoral em Santiago Sul para as legislativas, a caravana do PAICV pretende , entre outros, desfiles e carreatas, com paragens para pequenos comícios com a presidente cabeça de lista, Janira H. Almada, nas principais artérias da Capital do país.
Também Ribeira Grande de Santiago será agraceada com uma carreata no período da manhã do dia 1, culminando o primeiro dia de campanha com um encontro no período da tarde, no Estádio da Várzea.
Já o MPD suspendeu todas as ações de campanha tanto na quinta como na sexta-feira, afirmando que estes dias são feriados santos e pretendem respeitar o calendário religioso, até para não colidir com as atividades religiosas programadas para este fim-de-semana.
Sobre os demais partidos a nossa equipa tentou entrar em contacto com eles mas sem sucesso. No entanto prometemos trazer para este diário da camapnha a agenda de todos nos próximos dias que se antecedem às eleições de 18 de Abril. Nesta legislativa vão ser eleitos 72 deputados à Assembleia Nacional, sendo 66 pelos círculos do território nacional e 6 pelo estrangeiro. KS/Redação
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