sexta-feira, 18 outubro 2024

Banco Mundial recomenda apostas no turismo, economia azul e digital em Cabo Verde

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 A International Finance Corporation (IFC), membro do grupo Banco Mundial, defendeu hoje que as oportunidades de investimento privado em Cabo Verde residem nos setores do turismo, economia azul e serviços digitais.

“Para aumentar o potencial de crescimento de Cabo Verde e promover um crescimento resiliente e de maior valor acrescentado, devem ser implementadas políticas que se concentrem na diversificação das ofertas turísticas, no avanço do desenvolvimento das cadeias de valor da economia azul e na promoção do crescimento do setor dos serviços digitais”, lê-se no relatório de diagnóstico do setor privado.

O documento foi hoje apresentado na capital cabo-verdiana.

No que respeita ao turismo, além da tradicional oferta de sol e mar, o IFC sugere uma aposta dos investidores “em subsegmentos de maior valor acrescentado e amigos do ambiente”. 

“Isto implica considerar o potencial das ilhas menos desenvolvidas em Cabo Verde”, lê-se no documento.

O Governo tem apostado em promover o turismo de natureza e caminhadas em diversas ilhas, em contraste com o facto de a larga maioria dos turistas (mais de 900.000 em 2023) visitar apenas duas ilhas – Sal e Boa Vista – devido à oferta relacionada com praias e ‘resorts’.

O relatório do IFC chama ainda a atenção para a oportunidade que representa o ecossistema da “economia azul”, ou seja, as atividades ligadas ao mar, “com o objetivo de desenvolver cadeias de valor associadas e reforçar as ligações com a indústria do turismo”.

Por último, a entidade do Banco Mundial destaca no documento que “o Governo de Cabo Verde pode efetivamente aproveitar a robusta infraestrutura digital do país para explorar oportunidades emergentes nos subsetores de serviços digitais”.

Entre os principais constrangimentos que o país deve ultrapassar, estão as dificuldades em transporte e logística, energia e ambiente de negócios, “incluindo a concorrência de mercado e o papel das empresas públicas”, acrescentou.

Há ainda “desafios no acesso ao financiamento”, no contexto “da expansão dos serviços financeiros digitais”.

“A mudança no sentido da racionalização do papel do Estado na economia representa um objetivo fundamental no novo modelo de desenvolvimento de Cabo Verde”, defende a IFC, reconhecendo que a mudança pode “progredir mais lentamente do que o inicialmente previsto devido a vários constrangimentos processuais e institucionais”.

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, disse esperar que o Banco Mundial reforce a carteira de investimentos no país e apoie os pequenos empreendedores.

“Dizer que não se investe porque não temos dimensão não é aceitável”, referiu, acrescentando que só com apoio aos pequenos negócios haverá um tecido económico capaz de resolver o problema de crescimento populacional e desemprego em África.

A Semana com Lusa

05 de março de 2024

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