quinta-feira, 21 novembro 2024

I INTERNACIONAL

Chefes da diplomacia do G20 no Rio de Janeiro para debater conflitos e reformas globais

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Chefes da diplomacia das 20 maiores economias mundiais encontram-se a partir de quarta-feira na cidade brasileira do Rio de Janeiro para resolverem “questões urgentes” como os conflitos internacionais e reformas das instituições de governança global.

Fonte do Governo brasileiro antecipou à Lusa que, à exceção de dois ou três países (como China e Itália, que virão com vice-ministros), todos os outros deverão estar representados pelos ministros dos Negócios Estrangeiros.

A mesma fonte adiantou que a indicação que o Governo brasileiro tem da parte russa é de que o chefe da diplomacia da Rússia, Sergey Lavrov, marcará presença na quarta-feira e quinta-feira no Rio de Janeiro.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também estarão presentes no evento que conta também com a presença como convidados dos chefes da diplomacia de Portugal e de Angola, João Gomes Cravinho e Téte António, respetivamente, e o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa.

Em comunicado, o Governo brasileiro enfatizou que a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 ocorre num “momento de grande instabilidade geopolítica, com crises se desdobrando em diversas regiões do mundo”.

“Entre os temas mais urgentes a serem discutidos estão a situação no Médio Oriente e a ofensiva russa na Ucrânia, que continuam a gerar preocupações globais em relação à crise humanitária instalada e aos desdobramentos geopolíticos e económicos dos conflitos”, frisou a diplomacia brasileira.

Nos últimos dias, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, provocou um atrito diplomático com Israel ao comparar os ataques à Faixa de Gaza com o Holocausto quando “Hitler resolveu matar os judeus”.

Por outro lado, a expectável presença de Lavrov no Rio de Janeiro acontece também depois da morte, na semana passada, do opositor russo Alexei Navalny.

Contrariando os líderes ocidentais que se apressaram a acusar o Kremlin, a diplomacia brasileira não teceu qualquer nota de pesar e, no domingo, em Addis Abeba, Lula da Silva afirmou que “se a morte está sob suspeita, você tem que primeiro fazer uma investigação para saber do que o cidadão morreu”.

Outro dos pontos principais, que tem sido uma das bandeiras do Governo brasileiro e que deverá estar em cima da mesa nas reuniões é a “necessidade de reformas nas instituições de governança global” como nas Nações Unidas, Organização Mundial de Comércio e bancos multilaterais.

As prioridades da presidência brasileira para o seu mandato à frente do G20 são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global, nomeadamente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo que tem vindo a ser defendido por Lula da Silva desde que tomou posse como Presidente do Brasil, denunciando o défice de representatividade e legitimidade das principais organizações internacionais.

O Brasil, que exerce a presidência do G20 desde o primeiro dia de dezembro de 2023, convidou Portugal, Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para observadores da organização.

Portugal estará presente, ao longo do mandato do Brasil, em mais de 100 reuniões dos grupos de trabalho, em nível técnico e ministerial, em cinco regiões brasileiras, culminando com a Cimeira de chefes de Estado e de Governo, que será realizada no Rio de Janeiro, em 18 e 19 de novembro de 2024.

Os membros do G20 são as 19 principais economias do mundo: Estados Unidos da América, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, mais a União Europeia e a União Africana.

O grupo, criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990, tem como objetivo favorecer a negociação internacional, numa base de diálogo ampliado e tendo em conta o peso económico crescente de alguns países, que, juntos, representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da população mundial.

Trata-se de um grupo com significativa influência sobre a gestão do sistema financeiro e na economia global.

O G20 estuda, analisa e promove a discussão entre os países mais ricos e os emergentes sobre questões políticas relacionadas com a promoção da estabilidade financeira internacional, e encaminha as questões que estão além das responsabilidades de uma organização.

A Semana com Lusa

19 de Fevereiro de 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 21 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 20 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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