O ministério da Defesa russo acusou as forças armadas ucranianas de utilizarem armas químicas durante um alegado ataque em finais de julho na região de Zaporijia, onde se registaram muitos combates nas últimas semanas.
Segundo a agência noticiosa Interfax citada pela Lusa, os eventos relatados por Moscovo terão tido lugar na área de Vasilyevka. Após o ataque, os médicos encontraram vestígios de uma neurotoxina em vários soldados que tinham sido retirados com ferimentos graves, de acordo com a versão russa.
Sublinhando que vai enviar as provas para a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), o governo russo disse que as tropas ucranianas estão a recorrer ao "terrorismo químico" face às suas "derrotas militares" no terreno.
Entretanto, o porta-voz do exército russo Igor Konashenkov anunciou uma investigação sobre o alegado envenenamento químico de um comandante militar na região de Kherson, no leste da Ucrânia, segundo a agência noticiosa TASS.
O uso de armas químicas tem sido um medo recorrente desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, sem que haja registo oficial de que as tropas ucranianas as tenham utilizado no conflito.
Conforme a mesma fonte, a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, desencadeando uma guerra que, ao fim de quase seis meses, não tem ainda perspetivas de terminar. Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.
A guerra provocou também 12 milhões de refugiados e de deslocados internos. A generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.
A União Europeia e países como os Estados Unidos, o Reino Unido ou o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.
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