A reportagem do jornal ’Estado de Minas’ relata e no YouTube está o vídeo em que a primeira-dama, ao lado do presidente Bolsonaro na Igreja Batista Lagoinha, em Belo Horioznte, este domingo diz: "O palácio por muito tempo foi um lugar consagrado a demônios e hoje consagrado ao senhor Jesus". Uma referência a Lula, que enfatizou no dia seguinte com um vídeo sobre "Lula (que) entregou sua alma para vencer".
A análise politóloga entende que esses dois momentos de intervenção de Michell — o primeiro na cerimónia da bênção ao presidente e enquadrada na comemoração dos 50 anos do ministério do pastor Márcio Valadão — é estratégia para captar o voto feminino. A rejeição do presidente junto das mulheres atinge 49% contra 21% de Lula (https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/michelle-bolsonaro-erra-e-assina-um-novo-cheque-em-branco/).
Contudo, comenta-se que é duvidoso o sucesso desta "exploração desmedida e sem controlo de supostos preceitos religiosos" junto de outros eleitores. Se assim for, Michelle terá — com o seu inflamado discurso de cinco minutos, em defesa do recandidato Jair Bolsonaro — pregado para quem já estava convencido.
A certo ponto, ouve-se: "Podem me chamar de louca, podem me chamar de fanática, eu vou continuar louvando nosso Deus, vou continuar orando. Vou continuar orando e intercedendo em todos os lugares, e sabe porquê, irmãos? Porque por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios e hoje consagrado ao senhor Jesus. Ali, eu sempre falo e falo para ele [Bolsonaro], quando eu entro na sala dele e olho para ele: esta cadeira é do presidente maior, é do rei que governa esta nação", disse Michelle.
Na mesma linha de ataque encetada pelo pastor Valadão contra as religiões de matrizes africanas, Michelle Bolsonaro no dia seguinte (esta 2ªfª, 8) publicou nas redes sociais um vídeo do encontro de Lula e líderes de religiões de matrizes africanas.
Segundo ela, o encontro prova que Lula está a "entregar sua alma para vencer es[t]a eleição" e legendou as imagens: "Isso pode, né? Eu falar de Deus, não".
Fontes: Referidas. Fotos: Michelle entre Bolsonaro e o candidato a governador de Minas Gerais pelo PL, senador Carlos Viana, que também é evangélico.
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