domingo, 22 dezembro 2024

I INTERNACIONAL

Artista dissidente chinês: "Visita de Pelosi a Taiwan foi muito crucial"

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O artista plástico Ai Weiwei depois da exposição outonal em Lisboa (fotos), ou o litígio com o banco suíço, está de volta ao noticiário com a sua apologia da divisiva visita a que Nancy Pelosi fez a Taiwan — território autónomo que a China reivindica como seu, e com o que a ONU concordou, em três ocasiões anteriores ao ser-lhe solicitado o reconhecimento da soberania chinesa. Ouvido pela Lusa na quarta-feira, o dissidente chinês desde 2015 e hoje refugiado em Lisboa afirmou o seu apoio à "República de Taiwan".

Ai Weiwei, nascido em Pequim há 64 anos e deportado bebé para o extremo norte chinês, é artista ativista movido por várias correntes: bebe em tradições artísticas da China mas também na vanguarda ocidental e toma lições da história da arte de várias proveniências, como na sua representação Azulejos Odisseia (foto) em que foca a arte portuguesa na odisseia humana.

A sua obra de décadas — muito marcada pelas circunstâncias da sua vida — é classificada como conceptual e abrange as mais diversas modalidades das artes plásticas: pintura, desenho, escultura — e experimentações com diversos materiais, da tela e seda ao bambu, das lanternas de papel à pedra e metais.

A sua arte torna-se assim meio/veículo para produzir uma funda crítica aos poderes instalados de oriente a ocidente, da política à economia nos seus "tortos" (ver legendas das fotos selecionadas abaixo).

Dentro e fora da ChinaO ativista diz-se atento ao mundo e à situação da China atual, muito por obra do legado do pai cujo exílio — como intelectual crítico foi deportado para a província para ser reeducado no âmbito da revolução cultural do presidente Mao — determinou a extrema dureza de vida que o filho sofreu na infância. A assinalá-la, as bicicletas da memória pessoal de Ai Weiwei que na sua infância "queria ter uma".

A sua arte fustiga a China natal, onde foi chamado a participar em obras importantes do poder sob Xi. Entre elas o design do Estádio Nacional de Pequim (2003-08) que acolheu os Jogos Olímpicos de 2008.

Como artista ativista, Ai Weiwei critica tanto a "absurda produção chinesa" nesta representação do mapa-múndi feito de milhares de camadas de algodão fino quanto a corrupção no poder autárquico que vitimou "as cinco mil crianças de Sichuan" (fotos).

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Fontes: Bloomberg/Reuters/Websites/Lusa.pt. Relacionado: Crédit Suisse fecha conta de artista dissidente chinês — "É para conquistar negócios na China", 08.nov.021. Fotos: Mapa-múndi: milhares de camadas de algodão fino, a denunciar a "absurda produção chinesa". Azulejos Odisseia: a arte portuguesa na odisseia humana. Teto cobra feito de mochilas: em homenagem às cinco mil crianças de Sichuan que em 2008 morreram soterradas nas suas escolas "com construção de má qualidade devido à corrupção". Bicicletas: no teto, nas paredes, na fachada do centro expositor em Lisboa com 4000m2; memória pessoal de Weiwei que na sua infância "queria ter uma". Ai Weiwei_designer_em_pequim_2008. MLL

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Xalala
17 days 9 hours

Vai investigar nada Bundão!

Valdo de Pina
19 days 7 hours

O UCS só ouve a própria voz, numa sinfonia desafinada que ecoa a era de Carlos Veiga no poder. Duas relíquias teimosas,

Teste
28 days 21 hours

Isto é somente um teste. Porque não vejo os comentários das pessoas debaixo da notícia como antes?

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