O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai, no âmbito do programa do compacto para desenvolvimento dos países da África Lusófona, financiar projectos das pequenas e médias empresas (PME) que atinjam pelo menos um milhão de dólares - inclui as de Cabo Verde.
A informação foi avançada hoje pelo consultor do BAD, Keith Martin, que chefia uma missão que se encontra na Cidade da Praia para a apresentação do compacto ao sector privado cabo-verdiano.
Keith Martin adiantou que o BAD opera com projectos acima de 30 milhões de dólares, mas que especificamente dentro do âmbito de compacto está-se a focar também em projectos menores de pelo menos milhão de dólares.
“Devem ser projectos com impactos específicos, nomeadamente no emprego ou num outro sector ou área importante para uma ilha que pode ser considerado dentro do compacto especificou”, precisou.
O representante do BAD explicou que o compacto assenta em três “aspectos importantes”, designadamente a mitigação de riscos para os projectos específicos de investimentos, o financiamento dos mesmos e a assistência técnica para os governos e outros em tudo que tange ao sector privado.
“Pode ser a capacitação de engenheiros, agrónomos, ou pode ser questões mais macro como acesso à credito e regulamentação das parcerias publico privado” reiterou o responsável, especificamente, acrescentou, de ferramentas de mitigação de riscos e de financiamento das ferramentas que o BAD e Portugal e Brasil já possuem.
De entre as ferramentas de financiamento para o sector privado, apontou os empréstimos directamente para o sector privado, ou para as empresas e o financiamento de projecto por vários parceiros, podendo ainda ser financiado o comércio.
“Para o comércio temos um programa que se chama ‘trade finance facility’ que é justamente para estimular os bancos locais a darem créditos e garantias para o comércio internacional. O BAD também, possui ferramentas de garantia parcial de risco e garantia parcial de crédito para estimular mais acesso ao crédito”, acrescentou.
No caso do Governo de Cabo Verde, adiantou que o BAD quer ser “parceiro do Governo” na promoção do “crescimento sustentável inclusivo” e na criação das condições para que o sector privado sector o motor de desenvolvimento do país.
O secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros, adiantou que áreas prioritárias serão as áreas estratégicas para o desenvolvimento de Cabo Verde. Contudo, salientou que o importante neste momento é alargar o leque de possibilidade de financiamento para o sector privado.
“As áreas naturalmente que são as áreas estratégicos do Governo porque a própria estratégia do BAD é uma estratégia que vai beber na estratégia de desenvolvimento de Cabo Verde, o PEDS. A ideia é dentro do âmbito do ecossistema que estamos a constituir e que esta a funcionar é alavancar ainda mais recursos”, sustentou.
A concepção do Compacto Lusófono enfatiza a necessidade de aprofundar a integração económica da comunidade lusófona das nações através da identificação e desenvolvimento de um pipeline de investimentos bancáveis.
A missão do BAD estará em Cabo Verde até ao dia 05.
De 07 a 09 de Novembro será realizada, em Joanesburgo (África do Sul), uma “grande conferência” para apresentação de projectos específicos. A Semana/Inforpress
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