O secretário de Estado da Economia Marítima, Paulo Veiga, representa Cabo Verde no II Workshop sobre o Comércio Pesqueiro nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID), que decorre de 27 a 29 deste mês em Seychelles.
Promovido pelo Governo de Seychelles, Associação da Orla do Oceano Índico (IORA) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o encontro visa, segundo salienta a Inforpess, destacar as mudanças na paisagem marítima do comércio de peixe no entendimento global actual, a gestão da pesca e questões de governança e promover um diálogo para que as autoridades tenham uma visão clara do valor do comércio de peixe e das barreiras e oportunidades existentes.
Segundo uma nota de imprensa do Governo, o workshop de três dias deverá contribuir para a criação de um plano de acção relacionado com a componente dos PEID dos Oceanos Atlântico e Índico no Programa de Acção Global sobre Segurança Alimentar e Nutricional nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
“O comércio de peixe é parte integrante da cultura das comunidades insulares, desempenhando um papel crucial na geração de receitas de exportação, contribuindo para o rendimento nacional dos meios de subsistência das comunidades locais, da segurança alimentar e nutricional, sendo que mais de 75% da produção mundial de peixe destina-se ao consumo humano”, lê-se na nota de imprensa.
Para o ministro das Pescas e Agricultura das Seychelles, Hon Charles Bastienne, “uma pesca resiliente e sustentável aumenta a segurança alimentar e nutricional, contribui para o crescimento económico e respeita o meio ambiente”.
De acordo com a FAO cita pela Inforpress, o comércio de peixe desempenha um papel importante nas economias nacionais, tanto em termos de exportações como de importações, e o valor total da venda de produtos pesqueiros e da aquacultura em 2016 ronda os 362 bilhões de dólares americanos, dos quais 232 bilhões foram provenientes da produção aquícola.
O PEID é composto por países que compartilham desafios similares de desenvolvimento sustentável, incluindo populações pequenas, recursos limitados, vulnerabilidade a catástrofes naturais, vulnerabilidade a choques externos e dependência excessiva do comércio internacional.
Refera a mesma fonte que muitos PEID são altamente dependentes dos seus recursos pesqueiros oceânicos e costeiros para o crescimento económico e desenvolvimento e as atenções estão centralizadas na pesca de captura marinha e no interior, na aquacultura, nos sistemas de subsistência e alimentares e no crescimento económico de serviços ecossistémicos.
Incluem ainda actividades da pesca do atum, da cultura do camarão, da cultura das ostras, da cultura das algas, da transformação e comercialização, das salinas, da aquacultura de arroz, dos manguezais, do turismo marinho e das zonas industriais, tudo suportado pelos portos, estradas e infraestruturas de fornecimento de energia, refere a fonte deste diário digital.
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