As buscas por desaparecidos nas enxurradas do dia 11 de Agosto, em São Vicente, e equipamentos no mar vão ser apoiadas por uma equipa de mergulhadores dos Estados Unidos da América, anunciou hoje o Gabinete de Crise.

A chegada da equipa dos EUA coincide com o término da missão da Marinha Portuguesa, que nos últimos dias prestou apoio em diversas frentes, incluindo a recuperação de bombas de drenagem, o transporte de água e a confecção de refeições para as comunidades afectadas.

A porta-voz do gabinete, Vitória Veríssimo, fez as considerações no briefing desta sexta-feira e assegurou que ainda continua a procura pelas duas pessoas desaparecidas na decorrência do temporal e que agora vai contar com o apoio de um grupo de mergulhadores norte-americanos da Naval Force África (NAVAF, sigla em inglês).

O grupo tem base na Espanha e veio para ajudar a Guarda Costeira e o Instituto Marítimo Portuário (IMP).

“Esse levantamento vai nos permitir ter uma melhor visão do fundo do mar e de toda a nossa costa e toda a baía”, explicou Vitória Veríssimo, referindo que a água continua muito escura e com lama, dificultando as buscas por pessoas e materiais levados pela corrente.

A responsável assegurou que a missão da equipa norte-americana vai avaliar todo o terreno e as condições e depois decidir quantos dias devem permanecer em São Vicente.

A chegada da equipa dos EUA coincide com o término da missão da Marinha Portuguesa, que nos últimos dias prestou apoio em diversas frentes, incluindo a recuperação de bombas de drenagem, o transporte de água e a confecção de refeições para as comunidades afectadas.

Conforme a mesma fonte está ainda prevista a chegada nos próximos dias de outro apoio operacional internacional.

Durante o briefing, a porta-voz adiantou que as autoridades cabo-verdianas estão a trabalhar com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para controlar a proliferação de mosquitos e conter doenças.

“Temos a OMS e o Instituto Nacional de Saúde Pública a trabalhar directamente com a Delegacia de Saúde nesse sentido”, elucidou, adiantando haver um plano para contenção das doenças de contaminação, das transmitidas pelos mosquitos, e também transmitidas pelos cadáveres de animais.

Em relação à Avenida 12 de Setembro, onde houve maior acúmulo de água e enxurradas, Vitória Veríssimo confirmou que a zona continua com trabalhos constantes durante o dia para tentar ao máximo desimpedir esses canais e fazer a drenagem dessa água.

O responsável aproveitou ainda para esclarecer que o corpo de uma mulher encontrado hoje na praia da Laginha não tem relação com as pessoas desaparecidas das enxurradas, sendo a causa da morte terá sido por afogamento.

A Semana com Inforpress