A CV Interilhas informou hoje que os recursos obtidos ao abrigo de uma decisão judicial contra o Estado permitirão retomar o plano estratégico, adquirir um novo navio e integrar “Chiquinho BL” e “Dona Tututa” ao seu património.

Este desfecho arbitral, que coloca fim a um contencioso iniciado devido à retenção de pagamentos por parte do Governo desde 2021, marca, de acordo com a empresa, “o encerramento de um capítulo decisivo” e abre espaço para “um novo ciclo de confiança e cooperação para o futuro do país”.

Em nota de imprensa, a empresa explicou que vai investir fortemente na mobilidade marítima nacional, após uma decisão do Tribunal Arbitral que lhe foi favorável no litígio contra o Estado de Cabo Verde, pelo incumprimento contratual relacionado com a concessão do transporte marítimo interilhas.

A decisão judicial, de acordo com a mesma fonte, permite capitalizar cerca de 19 milhões de euros (mais de 2 milhões escudos) montante que será direcionado para a retoma do plano estratégico da empresa.

Este desfecho arbitral, que coloca fim a um contencioso iniciado devido à retenção de pagamentos por parte do Governo desde 2021, marca, de acordo com a empresa, “o encerramento de um capítulo decisivo” e abre espaço para “um novo ciclo de confiança e cooperação para o futuro do país”.

A CV Interilhas reafirma que os recursos agora assegurados representam não só o reconhecimento de um direito legítimo, como também uma oportunidade concreta de reforçar a conectividade entre as ilhas e contribuir para o desenvolvimento sustentável, a coesão territorial e o progresso social e económico de Cabo Verde.

“(…) em resultado desta decisão, a CV Interilhas compromete-se a investir na transformação e na mobilidade marítima em Cabo Verde, beneficiando cidadãos, a coesão territorial e a economia nacional”, lê-se na nota.

Explicou que o novo navio, com características semelhantes ao Dona Tututa, encontra-se actualmente em fase de avaliação técnica e operacional e a expectativa é que entre ao serviço ainda este ano, conforme as negociações em curso com o armador.

A CV Interilhas adianta ainda que tudo fará para que este activo possa vir a reforçar a conectividade e a segurança das ligações interilhas, até ao final do ano.

Entretanto, a CV Interilhas reforça a sua missão de ser um parceiro activo no desenvolvimento do sector marítimo cabo-verdiano e coloca-se disponível para continuar a colaborar com todas as instituições nacionais em prol de um transporte interilhas “mais eficiente, seguro e sustentável”.

Na última quinta-feira, 31 de Julho, durante o debate do Estado da Nação, o ministro das Finanças, Olavo Correia, não adiantou o montante em causa, mas sublinhou que o Governo irá “defender até ao limite o Estado” de forma a contrariar o acórdão do Tribunal Arbitral que obriga a “uma indemnização avultada” à empresa CV Interilhas.

A Semana com Inforpress