Cabo Verde contabilizou em 2017 um total de 275 estabelecimentos hoteleiros em actividade - mais 18,0% do que o ano anterior- correspondendo, em termos absolutos, mais 42 estabelecimentos hoteleiros, face ao ano transacto de 2016. Esses estabelecimentos hoteleiros ofereceram uma capacidade de alojamento de 12.463 quartos, 20.421 camas e 26.987 lugares, traduzindo-se num acréscimo de 9,0%, 11,1% e 10,7%, respectivamente, em relação a 2016. Esses dados, são do último Inventário Anual dos Estabelecimentos Hoteleiros (IAEH) referente a 2017, realizado recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística, que tem por objectivo principal medir a oferta turística em Cabo Verde.
Conforme os dados distribuídos à imprensa, a ilha de Santo Antão concentra o maior número de estabelecimentos turísticos, 68, o que corresponde a 24,7%, do total existente. Seguem-se as ilhas de Santiago, São Vicente, Fogo e Sal, com 50, 45, 32 e 31 estabelecimentos, respectivamente, representando 18,2%, 16,4%, 11,6% e 11,3%. A ilha de Santo Antão em 2017, registou-se um acréscimo de 23,8% de visitas turísticas, face ao ano de 2016, facto que confirma que esta ilha tem sido cada vez mais visitada por turistas, provenientes, maioritariamente, da Europa.
Revela o IAEH referido que a ilha das Montanhas registou-se um acréscimo de 26 estabelecimentos turísticos. Acréscimos ocorreram igualmente nas ilhas do Fogo, São Vicente e Sal, com mais 10, 4 e 2 estabelecimentos a mais, face ao ano anterior, respetivamente. Nas restantes ilhas não se registaram variações.
Em relação ao tipo de alojamento, verificou-se maior aumento nas Residenciais, com mais 28 estabelecimentos, face ao ano 2016. São seguidas dos Hotéis (5), Pensões e Hotéis-apartamentos (ambos com 3), Aldeamentos turísticos (2) e Pousadas (1).
Considerando a tipologia dos estabelecimentos hoteleiros, as Residenciais continuam a ser os estabelecimentos com maior peso, representando cerca de 38,2% do total, ficando os Hotéis e as Pensões em segundo e terceiro lugares com 25,1% e 22,5%, respetivamente.
Segundo o mesmo inventário do INECV, no período em análise, os quartos disponíveis continuam a ter maior expressão na ilha do Sal, 47,1%. Boa Vista manteve no 2º lugar, com 24,5%, e Santiago em 3º, com 10,5%. Por tipo de estabelecimentos, os Hotéis continuam a liderar com 76,6% dos quartos, seguidos pelas Residenciais, Hotéis-apartamentos e Pensões, com 7, 5%, 5,4% e 5,3%, respectivamente.
A oferta de camas concentrou-se principalmente na ilha do Sal (48,2%). Seguem-se as ilhas da Boa Vista, com 27,6%, Santiago, com 9,9% e São Vicente, com 5,5%, enquanto as restantes ilhas oferecem cerca de 8,8%, do total das camas disponíveis.
A distribuição das camas por tipo de estabelecimento, revelou que os Hotéis representam mais de três quartos (3/4) da capacidade de camas disponíveis (77,1%). Em seguida estão as residenciais (6,2%) e os aldeamentos turísticos (5,4%).
ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS SEGUNDO PESSOAL AO SERVIÇO
Conforme as mesmas fontes, em finais de 2017, os estabelecimentos hoteleiros inventariados empregavam cerca de 8.825 pessoas, o que corresponde a um acréscimo de 14,0%, em relação ao ano 2016.
Os Hotéis continuam a empregar o maior número de pessoas, representando cerca de 84,3% do total do pessoal. Seguem-se as Residenciais e as Pensões, com 4,6% e 4,0%, respetivamente.
A ilha do Sal continua a ser a ilha com maioria do pessoal empregado nos estabelecimentos de alojamento turístico. Cerca de 56 em cada 100 empregados dos referidos estabelecimentos estão nessa ilha; em seguida aparecem as ilhas da Boa Vista, com 21,7% e de Santiago com 9,6%.
O pessoal remunerado representa 99,0% do total do pessoal empregado. Além disso, a grande maioria do pessoal empregado (92,0%), é nacional. De igual modo, 59,3% desse mesmo efectivo é mulher.
Do pessoal ao serviço remunerado, 75,3% tem contrato a termo, 20,5% tem contrato permanente e apenas 4,2% não tem contrato. Dos com contrato a termo, 39,3% tem contrato de 3 meses, 33,0% tem contrato de 6 meses e 27,7% tem contrato de um ano.
Por categoria de pessoal ao serviço, a restauração representa 20,6% do pessoal, a cozinha representa 16,1%, limpeza (12,0%) e andares (12,4%). As categorias menos representativas são o controlo e economato com igual peso de 1,0%, a pastelaria representa 1,7%.
Segundo o escalão de pessoal ao serviço, continuam a ser mais representativos os estabelecimentos hoteleiros que empregam 3 a 5 pessoas, com cerca de 31,6%. Seguem-se os estabelecimentos que empregaram 1 a 2 pessoas e 6 a 9 pessoas com, 22,2% e 17,1%, respectivamente.
SERVIÇOS OFERECIDOS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS
De acordo com o citado inventario hoteleiro, em 2017, 97,4% dos quartos ofereciam banho privado com água quente e fria, sendo que os quartos com televisão, ar condicionado e telefone representam, respetivamente, 91,4%; 87,7%, 81,0%.
Os hotéis são os tipos de estabelecimentos que apresentam maior percentagem em quaisquer dos serviços oferecidos, excepto em quartos sem banho privado, onde as residenciais e as pensões apresentam maior percentagem, 63,3% e 30,7%, respectivamente.
A quase totalidade dos estabelecimentos inventariados (94,2%) está equipada com telefone. Cerca de 34,2% do total, tem fax, 75,6%, tem computador e 76,0%, tem internet.
PREÇO DAS UNIDADES HOTELEIRAS E CAPACIDADE DOS RESTAURANTES
Nas épocas, alta e baixa, os preços médios dos quartos duplos e individuais continuam sendo mais elevados nas ilhas do Sal e da Boa Vista e, mais baixos em S. Nicolau e Santo Antão.
A capacidade total dos restaurantes dos estabelecimentos hoteleiros passou de 20.153 para 20.162 lugares sentados, correspondendo a uma variabilidade praticamente nula, face ao ano anterior. Em média, os hotéis oferecem uma capacidade de 277 lugares sentados. Maior capacidade passa a ser oferecida pelos hotéis da ilha da Boa Vista, com uma média de 627 lugares sentados, referem os dados do INECV distribuídos à imprensa.
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