A Associação Cabo-Verdiana de Promotores Imobiliários Turísticos - Promitur - pede aos seus associados para ajustarem os seus planos de negócios como forma de sobreviverem à crise que já se faz sentir no país.
Na sua última sessão extraordinária, que aconteceu na última sexta-feira, no Sal, a PROMITUR discutiu o enquadramento jurídico do negócio do turismo residencial, falou de inconstitucionalidade “ad valorem” nos actos de registo e notariado e avaliou o plano anti-crise apresentado pelo governo.
Sobre a situação do sector turístico residencial, a Promitur diz ter constatado uma redução acentuada da procura do destino “Cabo Verde”, seja em termos de mercado turístico, da imobiliária turística e residencial, seja no que toca à tendência futura da procura externa.
“Por arrastamento da redução, e em alguns casos do encerramento de actividades na imobiliária turística, hotelaria e restauração, outros sectores da vida económica já acusam dificuldades que ameaçam a sua continuidade. E quem mais sofre são as famílias, sendo certo que o sector privado é hoje o maior empregador no país”, diz a nota da PROMITUR.
A Promitur constatou ainda que o plano anti-crise anunciado pelo governo não foi concretizado. Sobre este particular, a Promitur assinala a existência de diálogo e comunicados. Mas, diz, "nada de concreto ainda foi registado".
“As propostas a nível da fiscalidade continuam a aguardar uma posição do Estado, assim como a medida da criação de um fundo de investimento imobiliário”, informa esta associação empresarial, acrescentando que, no tocante às medidas de promoção dos mercados internacionais anunciadas pelo governo, até então não se conhece qualquer resultado.
O mesmo sobre as promessas de reforma da Cabo Verde Investimentos, assinala a Promitur, "nenhuma acção concreta que possa contribuir para minimizar os efeitos nocivos da crise.
E frente a este cenário que reputam de crise e de indefinição, a Associação Cabo-Verdiana de Promotores Imobiliários e Turísticos aconselha os empresários a adoptarem medidas de ajustamento nos seus planos de negócios. Do governo quer uma intervenção célere, de modo a evitar a derrapagem dos ganhos que o país já conquistou.
A reunião do Sal aprovou ainda o Portal da Promitur, que deverá estar disponivel ainda neste mês de Julho.
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