terça-feira, 01 julho 2025

E ECONOMIA

Agência dos EUA prevê défice orçamental de 7 por cento em Cabo Verde

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Segundo a Fitch Ratings, as receitas do Estado cabo-verdiano “estão abaixo das previsões orçamentais” e por isso o défice do Orçamento vai ficar “acima dos 7 por cento do PIB”, longe dos 5 por cento apontados pelo Governo.

A agência norte-americana de classificação de risco divulgou esta semana o seu último relatório sobre Cabo Verde. Nele, a Fitch Ratings elevou de “Estável” para “Positiva” a perspectiva a curto prazo para as finanças públicas.

Isto apesar de Charles Seville, director associado do grupo de Finanças Públicas Internacionais e Estatais, reconhecer que “a emergente indústria do turismo em Cabo Verde foi atingida pela recessão global”.

Contudo, acrescenta, “um ambicioso programa de investimento público vai manter a economia a crescer – e deve aumentar o potencial de crescimento a longo prazo”. Por outro lado, “vai causar uma subida da dívida pública e aumentar a pressão nas finanças externas”, alertou Seville.

O aumento da despesa em infra-estruturas está previsto no Orçamento de 2009, que refere um défice de cinco por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, de toda a riqueza produzida em Cabo Verde durante um ano.

O Governo já garantiu financiamento junto de entidades estrangeiras para “a grande maioria” dos projectos, reconhece a Fitch Ratings. Mas as receitas no primeiro trimestre “estão abaixo das previsões orçamentais”, pelo que a agência prevê um défice “acima dos sete por cento do PIB” para 2009.

Dívida externa vai aumentar

A dívida de Cabo Verde ao exterior “caiu abaixo dos 60 por cento do PIB em 2008”, refere a Fitch Ratings, devido a “vários anos de crescimento económico rápido”. No entanto, “vai voltar a subir até 2011”, avisa, porque "o governo contrai novos empréstimos, sobretudo em instituições externas”.

“Cabo Verde vai eventualmente enfrentar custos mais elevados” nestes novos créditos, devido à sua elevação a país de rendimento médio", lembra Seville.

Noutro ponto importante, a agência reconhece que “as remessas dos 500 mil cabo-verdianos no estrangeiro, a segunda maior fonte de moeda estrangeira, provaram até agora ser resistentes à crise”. Assim, “os depósitos dos emigrantes têm sido uma fonte estável de fundos para o sistema bancário”, conclui.

A Fitch Ratings é uma agência internacional de classificação de risco, com sede em Nova Iorque (EUA) e em Londres (Reino Unido). É uma de apenas três agências reconhecidas pela comissão reguladora do mercado de capitais norte-americano.

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