quinta-feira, 19 setembro 2024

E ECONOMIA

Festival Baía das Gatas: Edição dos 40 anos “entra na história”, mas há que resolver atrasos – organização

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O presidente da Câmara Municipal de São Vicente considerou hoje que a edição que marcou os 40 anos do festival da Baía das Gatas “entra na história”, mas reconheceu que há um problema com atrasos por resolver.

O certame que celebrou os 40 anos do mais antigo festival de Cabo Verde iniciou-se na quinta-feira, 15, e terminou depois das 07:00 de hoje, com o espectáculo electrizante de Elji Beatzkilla, primeira vez com concerto a solo no festival, ele que conseguiu manter, estoico, o seu fiel público, apesar de hoje ser dia normal de trabalho.

Momentos antes, em declarações à Inforpress na Baía das Gatas, num balanço à edição 40 do evento, Augusto Neves considerou que foram quatro dias que entram na história do festival, porque houve uma “grande equipa” e patrocinadores que “trabalharam arduamente”.

“Sem dúvida, nós trabalhamos para isso há muito tempo com um plano, discutimos com muita gente e correu tudo bem”, concretizou, sublinhando que São Vicente e o país merecem e que “estão todos de parabéns”.

Contudo, o autarca reconheceu que há um problema de atraso no arranque dos ‘shows’ e de demora entre a actuação de bandas, mas prometeu trabalhar para os resolver e criar condições para que não haja tantos atrasos e oferecer um “grande produto” a quem vem à Baía das Gatas.

“Fazemos tudo para satisfazer as diversas franjas da nossa população e sabemos que a juventude quer que a música prossiga por muitas horas e temos tentado fazer isso”, considerou, ao mesmo tempo que enalteceu o trabalho de todos os colaboradores, “sobretudo o pessoal do som e do palco” que tem feito um “trabalho extraordinário”.

Mas também a população, sintetizou, que tem demonstrado um “um grande civismo” e que “merece isto e muito mais”.

“Vamos continuar a trabalhar para manter São Vicente no pódio e com grandes festivais, recebendo grandes artistas como a Ivete Sangalo, e fazer com que realmente seja um festival à altura do mundo inteiro”, finalizou.

No palco, coube ao conjunto Kings abrir o quarto e último dia da edição 40 do Festival da Baía das Gatas, justamente no dia em que a banda completou 53 anos de existência.

Um caso de longevidade pouco habitual num grupo musical, que guarda ainda no seu seio dois fundadores, o teclista Aníbal e o baterista Figura.

Durante rigorosos 60 minutos de actuação, a banda Kings, que, inclusive, participou na primeira edição do Festival da Baía das Gatas, no dia 18 de Agosto de 1984, revisitou os temas que marcaram a sua trajectória, como “Jona Póss”, “Ambiente”, “Ondas di bu Corpo”, “Folha de Trabói” e “Txal Ket”, entre outros.

Aliás, ao longo da actuação, a banda interpretou 15 temas nas vozes de Gai Dias, Aníbal e Mick Lima, suportados por Figura na bateria, Bick (guitarra), Jimmy (baixo), Aníbal (teclados), Iannick (saxofone), Mick Lima (percussão), Tchenta (piano) e Kikas (percussão).

O convidado foi Dudu Araújo, que interpretou quatro temas, mas, antes, numa mensagem curiosa, chamou atenção para a condução responsável. “Sou vítima”, declarou o cantor que reside no Canadá, ao mesmo tempo que apontava para o seu pé direito com um curativo.

Depois do conjunto Kings, foi a vez da dupla Marízia do Rosário/Johnny Ramos, igualmente saudados pelos festivaleiros, pois enquanto estiveram em palco, à vez, interpretaram temas que são ou foram sucesso no arquipélago.

E eis que veio zouk das Antilhas, “zouk, zouk”, como repetiu um apaixonado do género, debruçado na vedação que delimita o palco, e que colocou a Baía das Gatas em delírio.

São temas muito conhecidos, que estão na boca do povo, e Harry Dibola, Francky Vincent, Phil Control e Jamice devem estar ainda admirados com a forma como a plateia cantou as letras de cada um dos temas.

Sempre a subir no termómetro, porque a chuva, desta vez, nem vê-la, seguiram-se as actuações do reggae-man Romain Virgo, um estilo apreciado desde sempre e com público cativo na Baía das Gatas, do angolano C4 Pedro, já um “habitué” da baía, e, por fim, a baixar o pano com Elji Beatzkilla, passava das 07:00.

O Festival de Música da Baía das Gatas, que este ano pela primeira vez se estendeu por quatro dias, teve a sua primeira edição no dia 18 de Agosto de 1984.

É realizado anualmente na praia da Baía das Gatas, a oito quilómetros da cidade do Mindelo, e não se realizou ali apenas em 1995, devido a uma epidemia de cólera que assolou Cabo Verde, e nos anos 2020 e 2021, por causa da pandemia da covid-19, em que se concretizou o evento no formato online.

A Câmara Municipal de São Vicente, que organiza o certame, reserva uma verba no orçamento municipal para fazer face às despesas com a logística, viagens e cachê de artistas de Cabo Verde e do estrangeiro, mas “o grosso do montante” para suportar o evento, de acordo com a autarquia, provém de patrocínios de empresas e outras instituições.

 

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 3 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
15 days 22 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

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