quinta-feira, 19 setembro 2024

E ECONOMIA

Porto Novo/Ribeira das Patas: Produtores apontam transformação de produtos agrícolas como via para evitar perdas na produção

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 Os produtores agrícolas no vale da Ribeira das Patas, no município do Porto Novo, em Santo Antão, apontaram hoje a transformação como principal via para contornar o problema de mercado e evitar perdas.

O porta-voz dos produtores Arlindo Delgado disse à Inforpress que todos os anos registam muitas perdas de produtos, designadamente de mangas e citrinos, já que os agricultores enfrentam muitas dificuldades para aceder ao mercado, que é muito limitado.

A seu ver, uma forma de evitar essa situação seria a aposta na transformação dos produtos.

Arlindo Delgado, que preside à Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, avançou que esta associação sempre defendeu a instalação de um centro de transformação e comercialização de produtos agrícolas nessa localidade para contornar essa situação.

Esta associação, disse a mesma fonte, esteve, numa determinada altura, à procura junto das autoridades municipais e governamentais de parceria com vista à instalação de uma unidade de transformação, mas não encontrou o engajamento esperado.

No seu entender, a instalação de um centro de transformação resolveria muitos problemas aos agricultores que devido à questão de pragas, nomeadamente dos mil pés, enfrentam muitas restrições em termos de mercado e, com isso, muitas perdas.

A Inforpress constatou que na Ribeira das Patas têm surgido iniciativas ligadas à transformação de produtos, destacando-se o centro agroalimentar do Círio, que apostou na produção de sumos.

Em Lagoa da Ribeira das Patas, um grupo de mulheres tem estado a tentar montar uma pequena unidade de transformação, iniciativa que não foi concretizada ainda devido à falta de um espaço, soube a Inforpress junto da associação das mulheres dessa localidade.

A presidente desta associação, Milu Pires, informou que a mesma está, há já algum tempo, a construir a sua sede social e pretende disponibilizar um espaço para a instalação da unidade de transformação de produtos agrícolas.

Contudo, devido à falta de financiamento, as obras da sede estão paradas há já algum tempo.

Os produtores agrícolas pensam numa fábrica de transformação, ou mesmo num entreposto agrícola com capacidade para tratar, transformar, embalar e comercializar, explicou Arlindo Delgado.

O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no Porto Novo assegurou que estão a ser criadas as condições para, internamente, contornar o problema de mercado, que deriva do embargo imposto, há 40 anos, aos produtos agrícolas de Santo Antão.

Joel Barros reconhece que os agricultores porto-novenses “não têm tido tantas oportunidades” em termos de mercado devido a um problema administrativo, que tem a ver com o embargo imposto em 1984 aos produtos agrícolas.

Para contornar o problema, avançou, o Ministério da Agricultura e Ambiente e os seus parceiros têm estado a criar entrepostos agrícolas nos principais vales agrícolas do concelho do Porto Novo.

Ribeira da Cruz e Tarrafal de Monte Trigo já dispõem destes tipos de infra-estruturas e Alto Mira vai ser o próximo vale a ser contemplado com um entreposto agrícola, anunciou o delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente.

Os excedentes agrícolas de Santo Antão só podem ser colocados para os mercados turísticos da Boa Vista e Sal, depois de passarem pelo centro de expurgos do Porto Novo.

Durante o primeiro semestre deste ano, foram exportadas quase 60 toneladas de produtos agrícolas para ambas as ilhas.

Em 2023, foram exportados para Sal e Boa Vista 118 toneladas de produtos.

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 3 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
15 days 22 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

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