O chefe do grupo moçambicano na Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), Sérgio Pantie, defendeu esta terça-feira o fortalecimento das instituições de soberania na Guiné-Bissau.
“Queremos então que se respeite, sobretudo, as instituições de soberania. Que se fortaleçam as instituições porque são essas que dão o corpo, portanto, para a formação de uma democracia perene e forte (…) Queremos que a Guiné-Bissau continue neste caminho de fortalecimento do seu Estado de direito democrático”, declarou Sérgio Pantie, em declarações à Lusa após o encerramento da 13.ª Sessão Ordinária da AP-CPLP, na noite de hoje, em Maputo.
Para grupo moçambicano na AP-CPLP, a solução para os desafios políticos que a Guiné-Bissau enfrenta desde a dissolução do parlamento, em dezembro, está no diálogo, mas é necessário um “estrito respeito” pela soberania do país.
“Queremos, como parlamentares, que o parlamento da Guiné-Bissau continue a funcionar e continue como uma instituição que possa servir os guineenses. Que eles internamente encontrem estas vias de diálogo para se solucionar este problema”, declarou o deputado moçambicano pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, decidiu, em 04 de dezembro, dissolver o parlamento, na sequência dos confrontos entre forças de segurança, que considerou tratar-se de um golpe de Estado.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, decidiu, em 04 de dezembro, dissolver o parlamento, na sequência dos confrontos entre forças de segurança, que considerou tratar-se de um golpe de Estado.
Sissoco Embaló considerou “um golpe de Estado” o facto de a Guarda Nacional ter retirado o ministro das Finanças, Suleimane Seide, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, das celas da Polícia Judiciária.
Na sequência deste ato, geraram-se confrontos armados entre a Guarda Nacional e o batalhão da Presidência, que foram resolvidos com a intervenção da Polícia Militar e que resultou na detenção do comandante da Guarda Nacional, Vitor Tchongo.
A situação política na Guiné-Bissau alterou-se desde então, tendo, já em julho deste ano, Umaro Sissoco Embaló marcado as eleições legislativas antecipadas para 24 de novembro.
A Semana com Lusa
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