sexta-feira, 20 setembro 2024

E ECONOMIA

Praia: Apesar dos desafios logísticos, Santrofi chegou ao Kriol Jazz e já quer voltar

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Santrofi foi a banda que encerrou o Kriol Jazz Festival 2024 na madrugada deste domingo, dia 07, na cidade da Praia, numa noite marcada pela energia eletrizante dos oitos integrantes da banda africana vinda do Gana. A pesar dos desafios logísticos, os músicos marcaram presença no certame e já pretendem retornar ao palco da Praça de Luís de Camões, na cidade da Praia.

“Quase não fizemos este espetáculo porque a logística era muito cara. A voar desde o Gana. África para África é suposto ser fácil, mas estava a custar mais de 1.800 euros por pessoa. E nós pensámos: "Não! Temos de estar aqui. Falámos com o promotor e fomos de carro de Acra para Abidjan. É quase um dia a conduzir. Fizemos umas seis ou sete paragens. Dormimos num hotel. Demorámos quatro dias a chegar aqui. Vamos precisar de quatro dias para regressar”, explicam.

Após o concerto, Santrofi, representado por Emmanuel Kwadwo Ofori, e seu colega de banda, Dominic Quarchie, falaram à imprensa, revelando o que acharam do festival, de Cabo Verde e mandaram um recado aos organizadores do Kriol Jazz.  

“Bem, o que mais gosto é que esta manhã comemos papaia. Oh, meu Deus. Pensei: "Esta é a melhor papaia que já comi. As pessoas, a receção, as mulheres (muito bonitas), o amor, tudo é simplesmente impecável. Já tocámos em vários festivais em diferentes partes do mundo, mas a receção aqui foi a melhor, queremos voltar”, disse bem-humorado.

Dizem querer participar no festival todos os anos, por isso brinca, “Digam aos organizadores e ao promotor: Vamos voltar ao Festival”.

Perguntado sobre o significado de atuar no KJF e partilhar sua música, Emmanuel explica que para ele faz parte de África e tem tanta diversidade cultural na África, por isso vieram partilhar sua “quota-parte”. “É Incrível porque eles compreendem. A cultura já esta incorporada, para que não tenham de se esforçar para compreenderem o que estamos a fazer. Por isso, foi completamente sem falhas”, remata.

Santrofi, (nome inspirado num pássaro), é um coletivo jovem, formado em 2018, com oito integrantes, vindos do Gana, e estão em Cabo Verde para a sua primeira digressão no continente africano. No Kriol Jazz apresentaram três canções do novo álbum a ser lançado em junho ou julho, conforme avançaram.

“Alewa” (branco ou preto) foi uma das canções tocadas pela banda com forte mensagem. Fala de sermos um só povo. «Somos todos iguais. Sejam brancos ou negros, somos um só. Por isso, o mundo precisa se amar uns aos outros. É possível perceber que, atualmente, há tantas guerras a acontecer. Consideramos que a música é um meio para espalhar a paz noutras partes do mundo», declarou em entrevista.

Encerrando a 13ª edição do Kriol Jazz, os Santrofi levaram ao palco do certame os ritmos africanos Highlife, afrobeat, e até sonoridade funk. O Highlife apresentado por este grupo é considerado um dos maiores ritmos africanos, nascido no Gana e aos poucos foi se espalhando pelo continente africano. Era inevitável se entregar à dança ao som contagiante e à mensagem forte deste grupo.  

A banda tem agendado uma grande digressão pelo Japão, onde vão tocar em catorze cidades japonesas. E já realizaram também tournés pela Europa.

07 de abril de 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 16 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
16 days 11 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days 13 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

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