O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) de Cabo Verde contrariou esta sexta-feira o banco central e referiu que os seus leilões de depósitos bancários foram “transparentes”, uma semana depois de o regulador recomendar a sua nulidade.
“Todo o procedimento foi objetivo, transparente, ponderado e do conhecimento atempado de todos os bancos, tanto que, no primeiro leilão, todos os convidados manifestaram interesse e participaram no procedimento”, anunciou o INPS em comunicado.
A segurança social diz-se disposta ao diálogo, mas ressalva que está vinculada por lei “à rentabilização dos seus fundos, como uma das formas de salvaguardar a proteção social, designadamente, o pagamento de pensões”.
O Banco de Cabo Verde (BCV) defendeu na sexta-feira que sejam anulados os leilões por falta de transparência, dando razão às queixas da maioria dos bancos participantes no processo, em dezembro.
Segundo o regulador, podia ainda haver riscos para os “principais indicadores prudenciais de alguns bancos”.
Entretanto, o Governo cabo-verdiano anunciou hoje que, face às recomendações do banco central, pediu um contraditório ao INPS.
“Uma vez recebido, vamos tomar decisões, seja com o ajustamento" para continuar os leilões, seja com “responsabilização” da própria gestão da instituição, afirmou o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, na Praia, em conferência de imprensa.
A Semana com Lusa
09 de Março de 2024
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