Os depósitos de poupança dos cabo-verdianos nos bancos registaram em maio um novo recorde, acima de 79 milhões de euros, segundo dados estatísticos do Banco de Cabo Verde (BCV) compilados hoje pela Lusa.
De acordo com o histórico do BCV, os depósitos de poupança nos bancos cabo-verdianos estavam avaliados no final de 2019 em 6.675 milhões de escudos (60,3 milhões de euros), antes dos efeitos económicos da pandemia de covid-19, valor que subiu para mais de 7.435 milhões escudos (67,2 milhões de euros) no final de 2020 e para 8.279 milhões de escudos (74,8 milhões de euros) no final de 2021.
Entretanto, segundo o BCV, esses depósitos de poupança atingiram em maio último um novo recorde, de quase 8.766 milhões de escudos (79,3 milhões de euros).
Trata-se de um crescimento de mais de um milhão de euros no espaço de um mês.
Em Cabo Verde operam oito bancos comerciais com licença para trabalhar com clientes residentes.
Os depósitos a prazo nos bancos também cresceram e atingiram em maio um novo máximo histórico, superior a 46.325 milhões de escudos (419,5 milhões de euros). Este valor compara com os 41.306 milhões de escudos (373 milhões de euros) no final de 2019, antes dos efeitos da pandemia de covid-19.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago - desde março de 2020, além de uma seca prolongada que se arrasta há mais de quatro anos.
O país registou uma recessão económica histórica de 14,8% em 2020 e um crescimento de 7% em 2021, impulsionado por alguma retoma no setor do turismo no último trimestre do ano.
Entretanto, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, o Governo cabo-verdiano reviu de 6% para 4% a perspetiva de crescimento económico em 2022, face à escalada de preços em vários produtos e uma inflação, a um ano, que já ultrapassa os 7%.
A Semana com Lusa
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