quinta-feira, 21 novembro 2024

E ECONOMIA

Lucros do grupo Cabo Verde Telecom cresceram 36,5% em 2021

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Os lucros do grupo estatal Cabo Verde Telecom (CVTelecom) aumentaram 36,5% em 2021, para mais de 2,6 milhões de euros, e pelo terceiro ano consecutivo as vendas voltaram a crescer, apesar da crise provocada pela covid-19.

De acordo com o relatório e contas de 2021 da empresa, a que a Lusa teve hoje acesso, o ano passado voltou a ser de crescimento de vendas, 7,9%, com 4.907 milhões de escudos (45,9 milhões de euros) de receitas consolidadas, influenciado pelo crescimento do teletrabalho e recursos associados, apesar das quebras em setores tradicionais.

“É de se frisar que, com o encerramento [devido à pandemia] dos hotéis, o grupo CVTelecom perdeu cerca de 80% da sua faturação no setor empresarial diretamente ligado ao setor do turismo e afins”, recorda o presidente do conselho de administração, João Domingos Correia, na mensagem que consta do relatório e contas de 2021.

Ainda assim, a operadora, a maior do país e que atua na área das telecomunicações móveis, fixas, de internet e televisão por subscrição, registou um crescimento de 36,5% no resultado líquido – que se soma a 10,5% de crescimento no ano anterior -, para lucros de mais de 284 milhões de escudos (2,66 milhões de euros) em 2021.

Desses lucros, 50% serão distribuídos como dividendos aos acionistas e a outra metade aplicada em reservas.

A maioria do capital social do grupo CVTelecom é detida pelo Instituto Nacional de Previdência Social (instituto público que gere as pensões cabo-verdianas), em 57,9%, contando ainda com a estatal Aeroportos e Segurança Aérea (20%), a Sonangol Cabo Verde (5%) e o Estado de Cabo Verde (3,4%) entre os acionistas, como privados nacionais (13,7%).

O grupo viu o número de clientes de telemóvel crescer 6,5% em 2021, para 396.440, o de utilizadores de Internet móvel aumentar 11,7%, para 264.810, e o de clientes de Internet fixa crescer 19,3%, para 23.982.

“A dinâmica de crescimento dos três últimos anos está ancorada em medidas estruturantes, com particular foco no crescimento sustentável da empresa. Trata-se, pois, de um registo assinalável, considerando o contexto particularmente desafiante, ainda sob forte influência da pandemia da covid-19, que tem provocado uma escalada de preços a nível mundial, bem como enormes dificuldades logísticas relacionadas com os transportes internacionais, impactando negativamente a eficiência operacional, com repercussões negativas na competitividade das empresas”, afirma o presidente do conselho de administração, no documento.

O grupo CVTelecom conta com participações avaliadas em 1.028 milhões de escudos (9,6 milhões de euros) em várias empresas, nomeadamente na CV Móvel (rede de telecomunicações móveis, 100%), CV Multimédia (televisão por subscrição e Internet, 100%) e a Directel Cabo Verde (Páginas Amarelas, 40%).

A CVTelecom prevê investir mais de 360 milhões de euros nos próximos 20 anos do novo contrato de concessão de comunicações com o Estado cabo-verdiano, assinado em 12 de janeiro último, revelou na altura o presidente do conselho de administração da empresa.

“Não se trata de um contrato para facilitar a vida à operadora CVTelecom, pelo contrário”, afirmou João Domingos Correia, presidente do conselho de administração do grupo de telecomunicações detido pelo Estado, após a assinatura do acordo com o Governo.

Conforme estabelece o decreto-lei 36/2021, de 14 de abril de 2021, que aprovou o novo Contrato de Concessão do Serviço Público de Comunicações Eletrónicas, a CVTelecom terá de pagar anualmente ao Estado pela concessão 41 milhões de escudos (371 mil euros) a “título de renda”.

De acordo com João Domingos Correia, esta renovação da concessão, por 20 anos, que se soma à que estava em vigor de 1996 a 31 de dezembro de 2020, dá “mais responsabilidades à operadora”, num setor “que exige muito investimento”.

Em paralelo, o grupo está em processo de fusão das três empresas de telecomunicações, fixas, móveis, Internet e televisão por subscrição.

O ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia, anunciou em outubro de 2019, na conferência internacional que a agência Lusa promoveu na cidade da Praia, que o capital social da CVTelecom seria dispersado em bolsa em 2020, através de convite a empresas estrangeiras.

“No próximo ano seguramente teremos oportunidade de dispersar capital convidando privados com ‘know how’ para acelerar essa dinâmica de construção de um hub tecnológico, é preciso ‘players’ que apostem na inovação, com capital e conhecimento para sairmos do status quo e acompanhar essa dinâmica permanente do setor”, disse o também vice-primeiro-ministro.

Esse plano, devido à pandemia de covid-19, acabou por não avançar. A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 23 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 22 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 21 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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