O Presidente do Quénia, William Ruto, rejeitou esta quarta-feira a assinatura de um controverso projeto de lei que gerou protestos sem precedentes em todo o país, devolvendo-o ao Parlamento para emendas. Em causa está a luta do movimento anti-impostos, apelidado de "Ocupar o Parlamento" ("Occupy Parliament"), que foi lançado este mês nas redes sociais, pouco depois de ser apresentada no Parlamento a proposta de orçamento para 2024-2025, que previa um IVA de 16% sobre o pão e um imposto anual de 2,5% sobre os veículos particulares. A ONU já pediu o apuramento das resposabilidades em relação aos 22 mortos contabilizdosneste momento na sequência dos controntos entre as froças de segurança e os protestantes.
"Depois de ouvir atentamente o povo queniano, que disse alto e em bom som que não quer ter nada a ver com esta Lei das Finanças 2024, inclino a minha cabeça e não promulgarei a legislação, que será, portanto, retirada", afirmou Ruto citado pela DW Português.
O número de mortos nos protestos anti-governamentais subiu esta quarta-feira para 22, segundo organizações locais. Militares patrulham as ruas, um dia depois de manifestantes invadirem o Parlamento por causa do projeto de lei.
A polícia abriu fogo contra a multidão que se aglomerou em redor do Parlamento na terça-feira; mais tarde, alguns manifestantes, sobretudo jovens, invadiram o Parlamento, minutos depois de os deputados aprovarem o projeto de lei para tentar injetar 2,7 mil milhões de dólares nos cofres do Estado.
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