As autoridades cabo-verdianas aprovaram esta terça-feira um pedido da empresa espanhola Atunlo, de processamento de pescado, na ilha de São Vicente, para prorrogar por mais dois meses o 'layoff' de 210 trabalhadores, disse à Lusa fonte sindical.
Segundo o coordenador do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa), Heidi Ganeto, numa reunião realizada entre a Atunlo, Direção Geral do Trabalho e sindicato, “foi assinado um acordo” que permite o prolongamento da suspensão dos contratos dos trabalhadores da empresa até 23 de agosto.
"A Atunlo solicitou mais dois meses e acabámos por aceitar a proposta. Os trabalhadores vão continuar a receber 50% dos seus salários", afirmou Heidi Ganeto.
Acrescentou ainda que, em agosto, a Atunlo "espera retomar as suas atividades", que foram suspensas desde fevereiro, tendo deixado 210 trabalhadores em casa, durante quatro meses - período que terminou no sábado.
O anúncio de hoje põe termo a semanas de incerteza.
A Atunlo tem um processo de falência voluntária a decorrer em Espanha, onde a firma já tinha começado a realizar despedimentos em janeiro.
"Tínhamos que concordar [com a extensão do 'layoff'] porque 210 trabalhadores irem para o desemprego, de imediato, é complicado e a empresa tem esperança de retomar. Então vamos aguardar esses 60 dias", referiu.
A fábrica de processamento de pescado foi inaugurada em 2015, com 51% do capital nas mãos da Atunlo, 33% pertencentes à Frescomar (Ubago) e 16% à Frigrove, todas espanholas.
O objetivo era tornar a Atunlo num "operador de referência na Europa e norte de África" para produtos derivados de atum, com as fábricas de conservas entre os principais clientes do peixe ali processado.
A Semana com Lusa
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