Os lucros da Caixa Económica, o principal banco sistémico de Cabo verde, cresceram 22% no último ano, para 1,5 mil milhões de escudos (13,6 milhões de euros), de acordo com o relatório e contas consultado hoje pela Lusa.
“O desempenho da Caixa no exercício de 2023, no essencial, manteve a trajetória crescente dos anos anteriores, tendo continuado a registar melhorias em vários indicadores que ilustram a consolidação e o reforço da robustez da Instituição, apesar do contexto de risco, de incertezas e de concorrência acrescidos”, lê-se na mensagem do Conselho de Administração.
Os depósitos totais cresceram 7,44%, atingindo 81,5 mil milhões de escudos (738 milhões de euros).
O crédito total líquido cresceu 3%, atingindo 58,5 mil milhões de escudos (530 milhões de euros) e “os indicadores de qualidade da carteira de crédito registaram uma melhoria assinalável em relação a 2022”.
Segundo o relatório, o rácio de crédito vencido recuou 0,47 pontos percentuais para 7,97% em 2023.
O rácio de solvabilidade atingiu 24,63% (mais 1,7 pontos percentuais), “significativamente superior ao mínimo regulamentar em vigor que é de 12% e permite uma boa capacidade de alavancagem à Instituição”, refere-se.
A Caixa Económica está cotada na Bolsa de Valores de Cabo Verde e considerando “a importância da política de dividendos como sinal para o mercado”, a administração decidiu atribuir um dividendo de 540 escudos (4,89 euros) por ação.
Outros 40% serão aplicados como resultados transitados e 10% como reservas obrigatórias.
O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) é o principal acionista da Caixa Económica, com 47,21%, os Correios de Cabo Verde têm 15,14% e outros subscritores e trabalhadores têm 37,65%, depois de o Estado ter vendido no início do ano a sua participação no banco.
A instituição fechou 2023 com 33 balcões, mais sete delegações em instalações dos correios, a funcionar em todo o arquipélago.
A Semana com Lusa
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