O Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) considerou este sábado, 22, que a proposta do Plano Carreira, Função e Remuneração (PCFR) é uma “prenda envenenada” do Governo aos professores, que, assim como está, “não serve” à classe docente.
“Os professores estão aflitos, não conseguem compreender ainda o documento, nós sindicato também não, porque incompleto, não tem a nota justificativa, os anexos, concretamente a tabela remuneratória da transição, entre outros aspectos, para que se possa entender melhor o documento”, explicou, daí, sintetizou, a razão desta assembleia para análise do documento e auscultação da classe sobre a matéria.
Este sentimento foi manifestado pelo presidente do Sindep, Jorge Cardoso, à Inforpress, enquanto representante da classe, à margem do encontro de socialização e recolha de subsídios dos docentes relativamente à proposta do novo PCCR apresentada pelo Governo.
O encontro decorreu na sala de reunião da Escola Secundária Abílio Duarte, no Palmarejo, na modalidade mista, presencial e via plataforma zoom, a nível nacional.
“Os professores estão aflitos, não conseguem compreender ainda o documento, nós sindicato também não, porque incompleto, não tem a nota justificativa, os anexos, concretamente a tabela remuneratória da transição, entre outros aspectos, para que se possa entender melhor o documento”, explicou, daí, sintetizou, a razão desta assembleia para análise do documento e auscultação da classe sobre a matéria.
Reiterando que o documento, assim como está, “não serve minimamente às reivindicações da classe”, Jorge Cardoso ilustrou, a título de exemplo, que neste documento os professores que não possuem licenciatura “são excluídos, colocados à margem”, uma vez que não podem transitar para o novo PCFR.
Situação “inaceitável e inconstitucional mesmo”, como referiu o sindicalista, na medida em que se trata, conforme elucidou, de professores com mais de 20 anos de serviço, com o curso do Magistério Primário, Instituto Pedagógico e Bacharelato.
“Como é que agora o Governo quer colocá-los no vazio, à margem, não os reconhecendo. De facto, essa revisão não é do Ministério da Educação, é da senhora ministra da Administração Pública ‘tout court’. Não sei qual a razão do Governo em estar contra a classe docente cabo-verdiana. Agiram sempre de má-fé e querem continuar a agir de má-fé para com a classe docente”, lamentou o sindicalista.
“Pelo andar da carruagem”, alertou, os professores darão as “respostas necessárias” ao Governo caso não busque o “caminho certo” para a Educação em Cabo Verde.
“Estamos mal e a continuar assim ficará pior ainda. Estamos no fim do ano lectivo, que não serviu para nada (…) com uma Educação péssima. Se assim continuar, o próximo ano será pior”, acautelou, aludindo que o Sindep está a analisar o documento cujo parecer, com fundamentação, será apresentado ao Governo para discussão, mediante solicitação.
A Semana com Inforpress
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