Os resultados parciais das eleições na África do Sul colocavam longe da maioria o Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde o fim do ‘apartheid’, com 42,91% dos votos, quando estavam contados quase metade.
O ANC obtinha 42,91% e, não conseguindo a maioria, poderá ter de formar uma coligação para permanecer no Governo – algo que nunca tinha acontecido na África do Sul pós-‘apartheid’.
Com 11.380 dos 23.293 círculos eleitorais escrutinados, correspondentes a 48,86% dos votos expressos, o ANC liderava e bem à frente, segundo os resultados publicados até as 00:45 de hoje de Joanesburgo (23:45 de quinta-feira em Lisboa) pela Comissão Eleitoral Independente (IEC), mas perdendo a maioria.
O ANC obtinha 42,91% e, não conseguindo a maioria, poderá ter de formar uma coligação para permanecer no Governo – algo que nunca tinha acontecido na África do Sul pós-‘apartheid’.
O partido que chegou ao poder sob a liderança Nelson Mandela, no final do ‘apartheid’ em 1994, também precisaria da ajuda de outros partidos para reeleger o Presidente Cyril Ramaphosa para um segundo mandato.
O pior desempenho do ANC numa eleição nacional tinha sido os 57,5% dos votos que obteve nas últimas eleições, em 2019.
Em segundo lugar na contagem surge a Aliança Democrática (AD, centro-direita liberal), de John Steenhuisen, com 23,39% dos votos, acima do resultado de 2019, em que obteve 20,77%.
A AD é o principal partido da oposição, tradicionalmente associado ao voto da minoria branca, que representa menos de 8% da população sul-africana.
Em terceiro lugar está o uMkhonto weSizwe (Partido MK), o novo partido do antigo Presidente Jacob Zuma (2009-2018), com mais de 10,23%, e perto, com 9,52% dos votos contados, surge o partido de extrema-esquerda Combatentes da Liberdade Económica (EFF), de Julius Malema.
Os votos nas principais cidades, incluindo Joanesburgo e Durban, ainda não estão contadas, alertou a comissão eleitoral.
A afluência às urnas foi de cerca de 58,5%, abaixo dos 66% registados nas últimas eleições legislativas, em 2019.
Esperava-se que os resultados finais das eleições realizadas na quarta-feira demorem dias, com a comissão eleitoral a admitir só ter a contagem completa no domingo, embora possa acontecer mais cedo.
A Semana com Lusa
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