quinta-feira, 06 fevereiro 2025

Falsificação na morte de Odair: investigação desmente PSP e suspeita que relatório não foi escrito por agente que disparou

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

A investigação da Polícia Judiciária e do Ministério Público à morte de Odair Moniz, no bairro da Cova da Moura, Amadora, já concluiu que o auto de notícia não pode ter sido escrito pelo agente que baleou a vítima, desde logo porque quando o documento foi elaborado, horas depois do incidente e nas instalações da PSP, o polícia em causa não estava sequer na divisão da Amadora, onde prestava serviço, mas a ser interrogado na sede da PJ em Lisboa, apurou a CNN Portugal.

 

 

No primeiro comunicado oficial sobre o caso, a PSP afirmou que o polícia reagiu a tiro a uma ameaça de faca, remetendo essa informação para o auto de notícia. Mas o agente disse na PJ que não foi ameaçado com faca nenhuma: apenas lhes pareceu no confronto físico com o suspeito ter visto qualquer coisa como uma lâmina.

 

 

Além disso, quando o auto de notícia chegou à PJ, para ser junto ao processo onde o agente é investigado por homicídio, ainda não estava assinado pelo próprio, que era suposto ter escrito o documento. São conclusões que chocam de frente com a versão oficial da PSP, que afirmou ter sido o “polícia interveniente” a elaborar o auto. 

 
 

Quando a CNN noticiou que o agente envolvido na morte de Odair, a 21 de outubro, reconheceu à PJ não ter sido ameaçado pela vítima de faca em punho, contrariando o que a PSP afirmava num comunicado, a Polícia voltou a reagir oficialmente - e anunciou que o comunicado era fiel ao que o agente tinha escrito no auto de notícia. Os alegados factos apurados entretanto colocam em xeque a PSP – e levam a investigação numa nova frente. 

 

A CNN sabe que o inquérito corre na secção regional do DIAP de Lisboa, e não no DIAP da Amadora, porque além do homicídio simples, pelo qual o polícia já é arguido, a procuradora centra-se nas suspeitas de falsificação do auto de notícia - que a terem ocorrido vão implicar outras pessoas na hierarquia da PSP da Amadora.

No primeiro comunicado oficial sobre o caso, a PSP afirmou que o polícia reagiu a tiro a uma ameaça de faca, remetendo essa informação para o auto de notícia. Mas o agente disse na PJ que não foi ameaçado com faca nenhuma: apenas lhes pareceu no confronto físico com o suspeito ter visto qualquer coisa como uma lâmina. 

No local do crime, foi depois encontrada uma faca junto a uma bolsa, mas não nas mãos de Odair Moniz. O agente da PSP que disparou sobre a vítima foi esta quarta-feira ouvido no Ministério Público, mas optou por se remeter ao silêncio perante a procuradora Patrícia Agostinho.

 

A Semana com CNN Portugal

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Elisa Bettencourt
5 days 20 hours

uma jovem que não tinha necessidade de frete politico, mas pronto é essa a geração que só sabe andar de boleia de camelo

Lucas Rincon
7 days 16 hours

Há muito tempo que os técnicos recomendaram "vestir" esses troços perigosos com redes metálicas.

Dje d Soncent
19 days 12 hours

Mulheres no poder

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos