A Associação Maense em Portugal (AMP) assinou hoje, em Lisboa, dois protocolos de cooperação que a vão permitir reforçar a sua intervenção na área do ensino e começar a trabalhar na vertente da mobilidade de quadros.

Os protocolos foram assinados na sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) entre a AMP, através do seu presidente Carlos Frederico, a Associação Nacional das Assembleias Municipais de Portugal (ANAM) e a Cooperativa Valorglocal (Centro de Valorização dos Eleitos), representadas pelos seus presidentes da direcção, Albino Almeida e Manuel Ferreira Ramos, respectivamente.

“Através do Valorglocal vamos poder ajudar os estudantes jovens cabo-verdianos e não só, porque também trabalhamos também com estudantes dos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa], sendo os cabo-verdianos na sua grande maioria, e vai nos permitir, não atribuir bolsas de estudos, ainda que esse é o grande sonho da AMP, mas apoios sociais pontuais aos jovens”, explicou.

Com a ANAM, Carlos Frederico, mais conhecido por Lito Spencer, contou que vai permitir a associação que dirige, alargar ainda mais parcerias com instituições do ensino superior e profissional, principalmente, porque há uma larga franja de municípios em Portugal que tem falta de alunos, mas também de população activa.

“Com a ANAM vai permitir que a AMP entre em mais uma vertente, que vai ser a mobilidade de quadros e mãos-de-obra de uma forma mais organizada. Vamos começar com Cabo Verde, mas poderemos vir a integrar o mundo dos PALOP e da própria CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa].

Em termos práticos, Lito Spencer explicou que ainda neste mês de Setembro poderá ser possível começar a pôr em prática o protocolo na área do ensino com a Valorlocal, nomeadamente em apoios ao alojamento, alimentação, materiais escolares e produtos de higiene, entre outros, e em relação à mobilidade de quadros entre Outubro e Novembro.

O acto da assinatura dos dois protocolos foi testemunhado pelo embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, pelo secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Vítor Ramalho, e outros convidados.

A AMP, criada em 2003, é uma organização sem fins lucrativos, que se rege por princípios estatutariamente consagrados que se alicerçam na democraticidade, representatividade, independência, igualdade e solidariedade, tendo como os seus principais vectores de actuação assentes na intervenção.

Neste ano que completa o seu 20º aniversário, desde a sua criação a Associação Maense em Portugal já apoiou milhares de jovens dos PALOP com formação, incluindo profissional, licenciatura e mestrado, em colaboração com quase três dezenas escolas do ensino superior e profissional portuguesas.

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