quarta-feira, 12 março 2025

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Fundação de empresário português cria projeto para levar idosos carenciados a Paris

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A Fundação Nova Era Jean Pina, de João Pina, lançou o projeto “Sonhos Sem Idade” para realizar o sonho de quatro idosos carenciados, residentes num lar da Guarda, de viajarem até Paris.

 

A prioridade são as pessoas que não têm posses financeiras para viajar”, tendo sido selecionados: Augusto Rodrigues Cabral, de 92 anos, Maria Julieta da Costa, de 86 anos, Manuel Dias, de 73 anos, e Maria Helena Brígida, de 80 anos, “três delas foram agricultoras” e um antigo agente da GNR, que substituiu uma senhora que morreu dias antes da compra dos bilhetes de avião.

 

O projeto surgiu em conversa com Fátima Ferreira, diretora técnica do lar de Reigadas, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, que aloja os quatro idosos selecionados para a viagem entre 28 de março e 01 de abril, cujo sonho é “viajar de avião”, algo que não pareceu “nada inacessível” para João Pina, de 57 anos, mais conhecido em França como Jean Pina, onde reside desde 1988.

Perguntei-lhe se me dava uma semana para ver e 24 horas depois tinha a resposta. Disse-lhe se você aceitar, mobiliza à sua volta o pessoal que for preciso. Estou pronto para fazer um programa de teste para quatro pessoas”, afirmou João Pina em entrevista à Lusa, acrescentando que Fátima Ferreira e a enfermeira Joana Rodrigues acompanharão os idosos na viagem.

Para o empresário e administrador do Grupo Pina Jean do setor da construção civil, natural da Guarda, o teste para o projeto teria de passar por Paris. Embora o destino não importasse verdadeiramente para os idosos, João Pina quer proporcionar “uma experiência completa e inesquecível” desde o Porto até na capital francesa que tão bem conhece.

O sonho era verdadeiramente viajar de avião, era isso que eles queriam, penso que se fosse para a Alemanha, se fosse para a Itália, não importa, acho que é mais a sensação do levantar do avião, viajar e aterrar, mas sobretudo estar lá em cima, olhar para baixo, e ter aquela impressão: hoje posso morrer tranquilo, porque já realizei o meu sonho”, afirmou.

Tendo em conta toda a parte técnica e logística, o responsável preparou um itinerário em que inclui visitas ao Palácio de Versalhes, Torre Eiffel, Basílica do Sacré-Cœur, Arco do Triunfo, Sainte-Chapelle e Igreja da Madeleine, bem como um passeio de barco pelo rio Sena, contando com donativos de empresários, associações e pessoas da comunidade “que acreditam no projeto”, incluindo da região de Lyon e do Luxemburgo.

A prioridade são as pessoas que não têm posses financeiras para viajar”, tendo sido selecionados: Augusto Rodrigues Cabral, de 92 anos, Maria Julieta da Costa, de 86 anos, Manuel Dias, de 73 anos, e Maria Helena Brígida, de 80 anos, “três delas foram agricultoras” e um antigo agente da GNR, que substituiu uma senhora que morreu dias antes da compra dos bilhetes de avião.

“Esta senhora teve um impacto muito grande no projeto, primeiro porque era tia da diretora técnica [do lar] e segundo porque ela ficou muito doente quando o projeto estava bem avançado”, disse João Pina, referindo que iam fazer a viagem juntas.

Entre os selecionados há também “uma situação bastante interessante”, porque sem ligação entre as famílias e a fundação, uma das pessoas escolhidas vai estar com “o neto que nunca viu e que vive em Paris”, um imprevisto que veio “dar um pouco mais de alegria ao projeto”.

A Fundação Nova Era Jean Pina, criada em 2019 para apoiar crianças desfavorecidas e idosos do concelho da Guarda, já tem pensado mais dois projetos de viagem: uma para seis pessoas deficientes até Paris no final do ano e outra de idosos até ao Luxemburgo que “ainda está em negociações".

Quanto mais ajudo, mais vontade tenho de ajudar”, afirmou João Pina, que atualmente “não poderia viver sem ser empresário e sem a parte social”, principalmente numa altura em que a suafundação recebe “entre três e quatro pedidos de ajuda por semana de Portugal”.

Nas zonas do interior do país, “encontramos sobretudo nas pessoas de idade muita carência e encontramos nestas famílias rurais muita carência para as crianças”, a nível de vestuário e alimentar, referiu o empresário, defendendo que a fundação foi criada pela necessidade de ajudar através da diáspora portuguesa em França.

Para João Pina, “o pouco” que dá “cria emoções nas pessoas” e em si também, sendo motivado “sobretudo pelo olhar das pessoas” que ajuda desde 2013.

Antes deste projeto, a fundação já tinha realizado a nível nacional um projeto, juntamente com a Casa do Benfica da Guarda, de levar crianças e idosos a assistir aos jogos do Benfica, bem como ceias de Natal, como “em 2022 que juntaram 836 pessoas”.

No início do ano pensaram também num projeto baseado em Ceia, em que vão “ajudar crianças que não recebem brinquedos no Natal”, entregando coisas básicas, como roupa nova, 100 trotinetes e mais de 200 bonecas e tratores, entre outros, complementando as campanhas solidárias de Natal já existentes em Portugal e França, com a entrega de cabazes.

A Semana com Lusa

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